top of page

162 itens encontrados para ""

Produtos (22)

Ver todos

Eventos (3)

Ver todos

Posts do blog (57)

  • Swami Sadatmananda Saraswati

    Por Henrique Castro Swami Sadatmananda Saraswati nasceu em 22 de setembro de 1962 no estado de Gujarat, Índia. Desde criança se interessava por questionamentos espirituais. Quando tinha dezessete anos encontrou Swami Brahmatmananda, aluno de Pujya Swami Dayananda Saraswati, e lhe apresentou uma dúvida que tinha sobre Īśvara, Deus, a causa do universo. Seria Deus onipresente ou não? O jovem acreditava que possivelmente sim, mas certa organização religiosa que frequentava dissera que não. Swami Brahmatmananda lhe explicou, nesse mesmo dia, como Īśvara, Deus, é onipresente. Isso o impressionou muito e a partir desse dia sua jornada no caminho de Vedānta começou. Ao longo de poucos meses em associação com esse professor, se convenceu de que a vida que ele vivia é a vida que vale a pena ser vivida, e ele se tornou seu exemplo de conduta. Continuando a estudar Vedānta e seguindo as orientações de seu professor se formou em engenharia, trabalhou por cerca de dois anos e então, em 1986, ingressou em um curso de três anos de Vedānta e Sânscrito na cidade de Baroda no ashram conduzido por Swami Brahmatmananda. Depois do curso, foi iniciado como brahmacārī em 1989 e continuou seus estudos no Swami Dayananda Ashram em Rishikesh por três anos com Swami Visharadanandaji. Durante este período, teve o privilégio de estudar com Pujya Swami Dayananda que mais tarde o iniciou como sannyāsī em 1997 dando-lhe o nome de Swami Sadatmananda Saraswati. Sob orientação de Pujya Swami Dayananda, ficou a frente do Arsha Vidya Kendra, um centro de estudo de Vedānta na cidade de Bangalore, de 1994 até 2014. Lá ministrou aulas sobre Upaniṣads, Brahmasūtra, Bhagavadgītā, Purāṇas, sânscrito e diversos textos de Vedānta. Seu amor por estudar o śāstra e compreendê-lo em profundidade é uma qualidade que se tornou notável. Nesse período, devido à sugestão de Pujya Swamiji, compôs um prakaraṇagrantha (texto tradicional) muito especial chamado Sādhanabodhinī, que compila e explica com clareza o ensinamento de Vedānta sobre sādhana, os meios para mokṣa. Assim, muitas pessoas foram beneficiadas com seu ensino e com diversas atividades sociais por ele iniciadas ao longo de 20 anos nesse local. De 2011 a 2013, a convite do Mahamandaleswar de Kailash Ashram, local tradicional de ensino no norte da Índia, ele visitou Rishikesh anualmente e lá ensinou Upaniṣads e outros textos de Vedānta, em hindi com bhāṣya (comentários) e ṭīkā (sub-comentários). Em 2013, Pujya Swami Dayananda sugeriu que ele ministrasse o próximo curso residencial em Anaikatti. Assim, em maio de 2014, sob a orientação de Pujya Swamiji, um curso de três meses seguido de um curso residencial de três anos em Vedānta e Sânscrito foi iniciado no Arsha Vidya Gurukulam, Anaikatti, Coimbatore, com Swami Sadatmananda como professor principal. Quando, em 2015, eu me preparava para ir ao Gurukulam em Anaikatti, com o objetivo de me juntar ao curso de 3 anos, foi estranho pensar que nos próximos meses e anos eu passaria a ter um outro professor de Vedānta que não fosse a minha professora, Gloria Arieira, com quem já estudava há cinco anos. Ainda mais por ser um professor que eu nunca havia visto ou escutado. Mas, chegando lá, bastaram alguns dias de aulas e convívio com Swami Sadatmanandaji para descobrir total śraddhā (confiança) em meu novo professor, pois imensa era sua dedicação em nos ensinar, imensa sua capacidade e conhecimento, e visível era sua ausência de interesse ou necessidade de obter qualquer coisa em troca. Foi um grande alívio e uma grande alegria encontrar alguém que era – além de Pujya Swami Dayanandaji –  como a minha professora no Brasil, firme no conhecimento da realidade absoluta. Seu único interesse era ensinar o conhecimento tradicional de Vedānta, que tem como objetivo mokṣa (liberdade), precisamente da maneira como tinha recebido de seus professores. E a razão de estar lá naquela posição era porque Pujya Swami Dayanandaji, seu professor, havia solicitado. Nesses dias, Pujya Swami Dayanandaji já estava idoso e sua saúde estava muito frágil, portanto, dava apenas algumas aulas e satsangas, e por isso havia apontado o Swami Sadatmanandaji para conduzir o curso como professor principal. Após o mahāsamādhi de Pujya Swamiji em setembro de 2015 a condução do curso e administração do Gurukulam ficaram completamente sob sua responsabilidade. Considero que tive muita sorte de ter me aceito como seu aluno nessa época. Mesmo com todas as responsabilidades de administração do Gurukulam, suas aulas continuaram sempre muito ricas, precisas e leves. Além das várias aulas diárias sobre Upaniṣads e Bhagavad-gītā, tinhamos nos dias de folga um satsanga informal opcional em que alguns poucos alunos nos reuníamos na residencia do Swamiji e tinhamos que responder suas perguntas sobre os tópicos estudados na última semana. Com esses satsangas informais nos divertimos e também aprendemos muito sobre o śāstra. Aprendemos com Swamiji a importância de se estar aberto a ser corrigido pelo professor. Com suas bençãos, os alunos puderam concluir o curso com sucesso. Com sua maneira especial de ensinar, não apenas a visão de Vedānta foi revelada em nossos corações, mas aprendemos a estudar o śāstra, a ler o śāṇkara-bhāṣyam e a pensar como vedāntins de tal maneira a podermos mais tarde seguir nosso próprio caminho na assimilação do conhecimento. O objetivo é que no final do curso os alunos possam estar livres, independentes. Não há nenhuma expectativa da parte do Gurukulam. Isso é algo único e precioso. Atualmente Swami Sadatmanandaji continua exercendo o papel de professor principal no Arsha Vidya Gurukulam, Anaikatti, Índia, que oferece regularmente retiros e também cursos residenciais de longa duração em Vedānta e Sânscrito. Muitos desses seus retiros e aulas estão disponíveis no canal do Youtube (AVG Anaikatti), mas todos em inglês. Com o objetivo de disponibilizar um pouco dessa riqueza para os buscadores que não tem familiaridade com o inglês, foi preparado um vídeo com legendas em português de uma palestra recente de Swami Sadatmanandaji. Nessa palestra são apresentados com clareza vários dos tópicos importantes no estudo de Vedānta assim como alguns obstáculos e desafios que se apresentam ao estudante de Vedānta nos tempos atuais. Que por meio de suas aulas e palestras possamos usufruir e assimilar esse conhecimento sobre nós mesmos que traz a verdadeira liberdade. oṁ śrīgurubhyo namaḥ Link da palestra “A busca do conhecimento como meio para mokṣa”: COMENTÁRIOS BLOG Retornar #vidyamandir #swamiji #swamidayananda #vedanta #gloriaarieira #henriquecastro #saraswati #brahmacari #vedas #upanisads #arshavidyagurukulam #dayananda #gurukulam

  • Dipavali

    A tradição védica é muito antiga, com bem mais de 5.000 anos de existência. É uma tradição de conhecimento e religiosa que oferece vários festivais e dias significativos para que as pessoas possam lembrar e reviver ideias importantes. Uma dessas datas é o chamado Dipavali, conhecido como o Festival das Luzes, mas cujo nome significa uma sequência de lâmpadas. As lâmpadas, que são de óleo com um ou mais pavios, formam desenhos e iluminam as casas, em especial portas e janelas. Nesse dia é comemorada a vitória da luz, da clareza, do conhecimento, sobre a escuridão e a ignorância. É o dia em que chamamos a Devi, em especial Mahalakshmi, para visitar nossa casa, nos abençoar com clareza mental e abundância durante o ano. Comemoram-se várias vitórias, como o retorno de Rama a seu reino, Ayodhya, após 14 anos de exílio. Rama chega com sua esposa, Sita, e seu irmão, Lakshmana, e o reino está todo iluminado com lâmpadas de óleo a jogar luz no caminho de Rama e a dar as boas-vindas aos três. É a ordem da justiça que entra depois de anos de sacrifício, perdas e sofrimentos. Esse dia é de celebração, dia em que honramos a Luz, o conhecimento que dissipa a escuridão e a ilusão. Faz parte desse dia de celebração, cantos, doces, alegrias e votos de felicidades. As casas são lavadas e pintadas; as portas, janelas e os corações de todos são abertos e iluminados, a chamar Mahalakshmi que entre e traga suas bênçãos. Em 2021, esse dia de celebração, Dipavali, será domingo dia 14 de novembro. É interessante notar que Dipavali é perto do festival Hanukkah, o festival das luzes da tradição judaica (que será de 28.11 a 6.12.2021; também um festival móvel) e do Natal cristão (em 24.12). Nesse dia de Dipavali, deixe suas lâmpadas e luzes de sua sala acesas e peçam as bênçãos de Mahalakshmi para que a Luz reine. Hari om, Gloria Arieira COMENTÁRIOS BLOG Retornar #Dipavali #festivaldasluzes #Mahalakshmi #Ayodhya #Rama #Sita #Lakshmana

  • Sri Krshna

    Ouça está história na voz da Profª Gloria Arieira No calendário hindu, agosto é o mês em que se comemora o nascimento de Sri Krshna, no oitavo dia da Lua minguante, e este dia é chamado de Krshna-janma-astami. Este festival é comemorado em dois dias, pois é dito que Krshna nasceu à meia-noite. Comemora-se então no dia anterior e no dia seguinte. Krshna nasceu na prisão, em Mathura, onde estavam seus pais – Devaki e Vasudeva, sendo o oitavo filho do casal. Kamsa, irmão de Devaki, aprisionou seu pai e sua irmã com o marido, Vasudeva. Isto porque Kamsa queria ser rei único e para tal fazia o que fosse necessário, eliminando tudo o que aparecesse como obstáculo para seu plano. Devaki era muito amada por seu irmão Kamsa, tanto que foi ele mesmo o cocheiro no dia do seu casamento de Devaki com Vasudeva. Porém, nesse dia, foi dito a Kamsa que a oitava criança nascida do casal o mataria. Enfurecido, ele manda aprisioná-los e mata cada filho do casal assim que nasce. Misteriosamente, quando Krshna nasce, todos os guardas estão a dormir e as portas da cadeia se abrem. Também as correntes que aprisionavam o casal se quebram. Um lindo menino, escuro como a noite, nasce e uma voz é ouvida: Vasudeva, leve essa criança para a casa de seus amigos Nanda e Yashoda. Eles acabaram de ter uma filha. Traga a menina para cá. Ninguém saberá da troca das crianças. Caso contrário, Kamsa matará esse menino que acabou de nascer com o objetivo de restabelecer o Dharma no mundo. Assim, Vasudeva sai da prisão e atravessa o rio Yamuna, cujas águas se abrem dando passagem a ele e a Krshna que foi carregado numa cesta. Ao chegar em Gokula, onde moravam Yashoda e Nanda, ele faz a troca dos bebês e volta para a prisão do palácio. Ao entrar, os guardas acordam e tudo volta ao que era antes. Kamsa escuta o choro do bebê e vem para matá-lo. Quando vê que é uma menina, fica com muita raiva e a atira na parede. A criança parece voar e do céu se escuta uma voz: Kamsa, seu destruidor está vivo em outro lugar. Com uma gargalhada, a criança torna-se um raio de luz e desaparece. Krshna ensina sobre o Dharma, em vários momentos de sua vida, com atos e palavras. Ele é representado como o mestre de Arjuna na Bhagavadgita e como aquele que orienta os Pandavas durante toda a vida deles, como podemos apreciar na história do Mahabharata. Krshna é representado soprando uma flauta de onde se manifesta doce música – mostrando que ele é Ishvara que dá vida, dá expressão a todo o universo com beleza e harmonia, como a música, as notas musicais. Nesse dia, Krshna é lembrado e honrado com cantos, Puja e distribuição de doces. OM namo bhagavate vaasudevaaya. OM saudações ao Senhor, filho de Vasudeva, aquele que está em todo lugar e é brilhante pois é a luz da Consciência. OM tat sat Gloria Arieira COMENTÁRIOS BLOG Retornar #Krshna #Vasudeva #Ishvara #Bhagavadgita #Dharma #Arjuna #Mahabharata

Ver todos

Outras páginas (79)

  • Vidya Mandir | Editorial Janeiro 2009

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Sarasvati Editorial 2009 - Janeiro Gloria Arieira Que Sarada (sara = a ignorância; da = aquela que destrói; Sarada é Aquela que destrói a ignorância), que é Sarasvati, esteja sempre conosco (o professor e o aluno). Que Ela que está sempre em sat, a verdade, que tem a face agradável e bela como o lótus no outono, esteja sempre em nossas faces de lótus, i.e., a nossa fala e nosso intelecto. Na visão dos Vedas todo o universo é a manifestação de Brahman que é Consciência; isto significa que o universo é uma superimposição ou superposição em Brahman. Existe somente uma realidade, ekam sat, que é vista de várias maneiras com diferentes formas e nomes, e assim o indivíduo pode se relacionar com ela. A variedade refere-se aos diferentes aspectos da manifestação da realidade, Ishvara. Se entendemos Ishvara, entendemos nossa identidade com Ele e portanto nossa natureza livre de limitação. Se não entendemos Ishvara e nossa conexão com Ele, criamos o samsara, fazemos da manifestação do universo uma vida de limitação e aprisionamento, que é o samsara. Para conhecer a realidade que é Ishvara temos que reconhecer que o universo não é separado dele e ao nos relacionarmos com o universo estamos nos relacionando com Ishvara. Ao mesmo tempo, a dualidade na forma do indivíduo, de Ishvara e do universo, é mera aparência. Para nos ajudar a compreender esse mistério da realidade única imutável que é ao mesmo tempo a causa do universo e o próprio universo, pedimos ajuda a Ishvara na forma de Sarasvati através deste verso-oração acima: que Ela nos ajude a entender a realidade e permanecer na verdade em ações, pensamentos e palavras. Para adquirir o conhecimento de Vedanta que é a revelação da natureza do sujeito livre de qualquer limitação, é necessário possuir a mente focada no autoconhecimento e na liberação. Porém, a mente é mutável, agitada, com muitos gostos e aversões e seus padrões já adquiridos nas experiências dos prazeres dos sentidos e nas descrições de tantos outros prazeres ainda por serem experienciados. Desenvolvemos apego a alguns objetos, aversões a outros; assim somos invadidos por ambos e cresce a agitação da mente. Os gostos e aversões impregnam a mente e iludem o intelecto; assuntos que não têm relevância tornam-se importantes. A mente se ocupa com o passado e o futuro que só têm realidade oferecida pela própria mente de cada um. A projeção do futuro e a memória do passado, junto com as emoções reativas como o medo, a raiva, a mágoa e a culpa, ocupam a mente e assim o conhecimento do Atman não tem espaço. Lidar com as dificuldades da mente, tais como a agitação e a ausência de concentração, é o chamado processo de purificação da mente, sattva-shuddhi nas Upanishads. A mente precisa estar sutil, sattva, para poder ir além de seus aprisionamentos e perceber o Atman além da dualidade. Livre de vasanas, os padrões mentais relacionados aos gostos e aversões, a mente consegue focar no Atman e entender a identidade do eu com Ishvara, conforme o ensinamento dos shastras, os textos que revelam e desdobram esse conhecimento. O preparo para usufruir o conhecimento de Vedanta depende da bênção de Sarasvati, por isso começamos 2009 com uma oração a Ela. Om tat sat Editorial 2009-Maio Gloria Arieira Na tradição dos Vedas existem rituais chamados samskaaras. Estes ocorrem em momentos importantes de crescimento, transformação ou maturidade no decorrer da vida de uma pessoa. Estes momentos são ritualizados com símbolos e significados que ajudam a promover o crescimento, desde o nascimento até a morte, no ritual final de cremação. Samskaara significa purificação, cerimônias através das quais a pessoa é purificada para enfrentar uma nova etapa da sua vida. Purificação no sentido de tornar algo ou alguém capacitado para alguma coisa. Através de um ritual objetiva-se agregar novas qualificações à pessoa para que possa enfrentar esta nova etapa de vida. Além de associar a pessoa a um grupo ou comunidade ao qual ela passa a pertencer e se identificar. Sua vida ganha significado dentro de uma ordem maior que é o objetivo universal da vida humana. Através do ritual, corpo e mente passam por um processo de transformação relacionado a etapas da vida humana, com relação ao questionamento e entendimento dos objetivos da vida e à identificação com outros, oferecendo uma dimensão transcendental à sua vida. O ritual ajuda, então, no crescimento emocional da pessoa e sua plena expressão. Os samskaaras são muitos e variados dentro da tradição védica, mas podem ser divididos em aqueles relacionados ao nascimento, à infância, à educação, ao casamento e ao ritual funerário, portanto cinco classificações. Os samskaaras estão relacionados às quatro etapas da vida ou aashramas; a etapa de estudante, de casado, de aposentado e de renunciante. Lembrando que o objetivo da vida na tradição védica é alcançar a maturidade emocional e espiritual para desejar, buscar e alcançar a felicidade plena através do autoconhecimento, o conhecimento da natureza eterna e livre de limitação do indivíduo e de Deus. Entre todos os samskaaras, o mais importante e comum na vida de uma pessoa é o vivaaha ou casamento. Como em qualquer etapa nova na vida de alguém, é necessário que a pessoa tenha apoio e compreensão dos outros ao seu redor, tenha um início harmônico, na presença de pessoas queridas que estão ali para desejar felicidade e sucesso, e como que impingir êxito à nova e desconhecida etapa da vida. Esta é a relevância de um ritual de passagem, de purificação ou samskaara, em especial do ritual de casamento. Uma vez que de todos os samskaaras, vivaaha, o casamento é considerado o mais importante, pois espera-se que todas as pessoas se casem e vivam uma vida de casado. A convivência estreita e diária entre o casal é também vista como uma oportunidade para uma vida de karmayoga onde a pessoa está consciente de suas ações e reações de forma a aprender a ser o mais objetivo e deliberado possível. Em termos dos Vedas, é a presença da esposa, patni, que qualifica o marido, pati, a realizar rituais védicos de fogo e a fazer doações. O casamento é assim uma união não somente física mas de valor espiritual e religiosos, além de uma grande oportunidade para a maturidade emocional do indivíduo. Depois da primeira infância e da etapa de estudante, onde a criança e o jovem estão protegidos pelos pais e mais velhos e buscam adquirir qualificações, atenções e ganhos para si mesmos, através do casamento, a união entre duas pessoas diferentes, cada um terá a oportunidade e incentivo para desenvolver autosacrifício e atenção ao bem-estar do outro. A cerimônia de casamento é um evento social festivo que une duas pessoas e suas famílias para a continuidade e fortalecimento de ambas as famílias na geração de filhos. Como é um novo e importante momento na vida de um casal, e requer maturidade de ambas as partes, as famílias e amigos se unem para desejar e invocar felicidade e sucesso aos noivos. Socialmente é uma grande ocasião para festa. Para a celebração do casamento, a casa da noiva, do noivo e o lugar onde será a cerimônia são decorados. A noiva é purificada com água dos rios sagrados, embelezada com roupas novas, jóias várias e henna nas mãos e pés e para cada um desses momentos há uma pequena ritualística. Os parentes vêm de longe, convivem alegremente e o ar fica festivo, alegre. Esses pequenos rituais são simbólicos, como a água purificadora, e a cerimônia de casamento é repleta de símbolos, além de mantras védicos que dão a conotação religiosa à união do casal. Na cerimônia de casamento há a união das mãos direitas dos noivos, o tocar os corações, a noiva subir numa pedra com a ajuda do noivo, as roupas de ambos amarradas uma a outra, o colar amarrado no pescoço da noiva pelo noivo, os primeiros passos significativos dados juntos, como um casal, tendo o fogo como testemunha. Vários símbolos são usados na tradição védica, Sanatana Dharma, para invocar a auspiciosidade e também para eliminar mau-olhado e inveja, como o sinal vermelho na testa da noiva, o banho ritualístico com mantras antes da cerimônia. Com esses objetivos pede-se aos convidados que abençoem e desejem o bem aos noivos. Antes da cerimônia ter início, o pai da noiva faz a maior doação de sua vida, doa sua filha ao rapaz que será seu marido e a protegerá e estará doravante a seu lado. Apesar de haver diferenças na cerimônia de casamento nas várias regiões e grupos sociais da Índia, basicamente são iguais e com os mesmo versos védicos. No final, pede-se à noiva que olhe para o sol e/ou para a estrela Arundhati (a estrela polar) que faz parte da constelação Saptarshi, para que o casal seja tão firme e constante quanto a estrela. Fazia parte da cerimônia o casal dormir na mesma cama abstendo-se da relação sexual por três noites consecutivas após o casamento, aprendendo que a vida sexual não é o mais importante no casamento, mas a maturidade a ser alcançada por ambos, a capacidade de um ocupar-se do outro e de seus desejos e necessidades, e para isso o autosacrifício é importante. Hoje em dia isso não acontece, mas as festividades do casamento duram pelo menos três dias e os noivos só vão juntos para casa, apesar de já estarem legalmente casados, no final de todas as cerimônias. Antigamente, o fogo que foi aceso e reverenciado no casamento é levado para a casa dos noivos que o mantém aceso ritualisticamente até o fim de sua vida de casados (até que um dos dois morra). O casamento nos Vedas não tem um objetivo em si mesmo, mas a aquisição da liberação, o objetivo maior da vida humana; além, naturalmente, de dar continuidade à família, tendo filhos. É por isso que a vida do casal é uma vida de yoga para antahkarana-shuddhi, a maturidade, e por fim moksha, a libertação final. Om tat sat Editorial Retornar

  • Vidya Mandir Centro de Estudos de Vedanta e Sânscrito | Professores

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Gloria Arieira Gloria Arieira é a Diretora Presidente do Vidya Mandir. Em janeiro de 1974 foi para a Índia estudar com Swami Dayananda, que tornou-se seu mestre. Com ele estudou até julho de 1978, retornando então ao Brasil. Além de permanecer no Arsha Sandeepani Sadhanalaya, um local de estudo e vivência com o mestre, em Mumbai, também estudou em outros Ashrams em Uttarkashi e Rishikesh, norte da Índia. Viajou também para lugares nas várias regiões da Índia, para participar de cursos, palestras e visitas a lugares sagrados, como os templos de Tamil Nadu e Kerala, conhecendo melhor a tradição cultural e religiosa dos Vedas. Desde seu retorno, vem ensinando Vedanta e Sânscrito no Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil e também no Porto, em Portugal. Dedica-se também ao trabalho de tradução para o Português dos textos em Sânscrito, como a Bhagavadgita, Upanishads e vários outros. É responsável pela publicação em português dos livros de Swami Dayananda, editados pela Vidyamandir Editorial, e de dois outros livros: Orações Milenares e Puja - a realização de um ritual védico.” ​ Contato: contatos@vidyamandir.org.br Prêmio Padma Shri 2020 Janeiro de 2020 ​ Literatura e educação em sânscrito e Vedanta no Brasil. Vidya Mandir tem o orgulho de anunciar que Gloria Arieira foi agraciada com uma das maiores honras civis da Índia, o Padma Shri Award, no Dia da República de 2020, por sua literatura e educação em sânscrito e Vedanta no Brasil. ​ Saiba mais ... As escrituras dos Vedas no Brasil Sweet Blog: nectarine divine literature 30 de setembro de 2010 ​ Gloria Arieira, uma brasileira e uma autoridade em sânscrito, traduziu o Bhagawad Gita e partes dos Vedas para o português, permitindo que seus alunos em todo o Brasil e Portugal acessassem as profundezas dessa grande filosofia. Então, se você está em busca de espiritualidade no balneário de Copacabana, no Rio, você a encontrará na Vidya Mandir, uma escola de estudos da Vedanta fundada e administrada por Gloria. ​ Saiba mais ... Henrique Castro Discípulo de Gloria Arieira, Swami Dayananda Saraswati e Swami Sadatmananda Saraswati, começou o estudo de Vedānta em 2009 no Centro de Estudos Vidya-Mandir, com a professora Gloria Arieira. Por alguns anos, além do estudo e seva no Vidya-Mandir praticou Meditação, Puja, Hatha-yoga e Kirtan no Centro Sivananda de Yoga Vedānta em Botafogo, participando em 2010 do curso de formação de professores (TCC) em Garopaba – SC. No Vidya-Mandir estudou também Sânscrito com a professora Adélia de Faria, Cantos Védicos com o professor Leandro Castello Branco, além de Pūjā e Vedānta com o professor Patrick van Lammeren. Em 2013 teve a oportunidade de ir para Rishikesh, Índia, por um mês, para estudar com Pujya Swami Dayananda Saraswati. Em 2015, seguindo o conselho de Pujya Swamiji, concluiu sua graduação em Filosofia na UFF e retornou à Índia para aprofundar seu estudo de Vedānta. Lá permaneceu até o final de 2017 no Arsha Vidya Gurukulam, Anaikkati, fazendo o curso residencial de longa duração em Vedānta e Sânscrito que concluiu sob a orientação do seu professor Swami Sadatmananda Saraswati. Durante esses anos teve oportunidade de visitar vários templos tradicionais no sul da Índia, aprender com outros grandes professores como Swami Paramarthananda Saraswati, Swami Viditatmananda Saraswati, Swami Sakshatkrtananda Saraswati, e estudar a gramática do sânscrito com a professora Medha Michika. De volta ao Brasil, se dedica ao ensino de Vedānta e sânscrito e à tradução de textos tradicionais para o português, integrando a equipe de professores do Vidya-Mandir. ​ Contato: advaitapurna@gmail.com ​ Obstáculos à meditação: https://youtu.be/XZxfyVnAPyk Introdução à Bhāgavatapurāṇa: https://youtu.be/CFqSML04X3Q Introdução a Vedānta: https://youtu.be/cefh5AeGS34 Uma vida de Yoga e Vedānta: https://youtu.be/-uckTAxANMY Paula Ornelas Paula Ornelas iniciou seus estudos de Vedanta e Sânscrito em 2002 ao conhecer a professora Gloria Arieira. Desde então, se dedica exclusivamente a ambos. No Brasil, também foi aluna de Sânscrito do Professor Arthur Perez. Em numerosas viagens à Índia, teve a oportunidade de enriquecer seu conhecimento de Vedanta e de Sânscrito estudando tanto com renunciantes, como Swami Dayananda Saraswati e Swami Paramarthananda Saraswati (respectivamente, mestre e colega de Gloria Arieira), quanto com acadêmicos de Sânscrito como Dr.V.Abhiramasudaram da Faculdade Vivekananda, Chennai. Formou-se Bacharel e Mestre em Física pela PUC-Rio, mas deixou a carreira acadêmica na Física logo após iniciar o doutoramento, por ocasião de sua primeira viagem à Índia. Em 2010, Paula graduou-se Mestre em Sânscrito e Estudos da Ásia pela tradicional Universidade de Cambridge, na Inglaterra, sob a orientação do Dr. Vincenzo Vergiani. Desde 2004 ensina Sânscrito no Vidya Mandir e em cursos de formação de professores de Yoga. ​ Contato: paulahornelas@gmail.com Fernanda Aboim Iniciou seus estudos de Vedanta com a professora Gloria Arieira em 1994, aos 17 anos. Foi alfabetizada em sânscrito pelo professor Arthur Perez, em 1995. Realizou viagens à Índia e conheceu o ashram de Swami Dayananda, em Rishkesh. Participou na digitação do livro de Puja e colaborou na compilação dos kirtans do livro de Cânticos e Versos, do Vidya Mandir. Teve a bênção de ter seu casamento realizado por Dhira Chaitanya, junto com a professora Gloria, nos moldes védicos, em 2006. Trabalha como psicóloga clínica junguiana (formada pela PUC-RJ) e já gravou vários cds de cantos devocionais. Na modalidade online, compõe a equipe de professores do Vidya Mandir, ensinando Vedānta e cantos da tradição védica. Contato: fernanda.aboim@gmail.com Patrick van Lammeren Discípulo da prof.ª Gloria Arieira desde 2004, realizou viagens à Índia e aos EUA em peregrinação a templos e lugares sagrados, estudando no Arsha do Swami Dayananda Saraswati e ampliando seus conhecimentos sobre a cultura e a tradição védica. Desde 2006 faz parte da equipe do Centro de Estudos Vidya Mandir, e em 2007 começou a ministrar aulas de Simbolismo Hindu, estendendo depois ao Sânscrito, Puja e, por fim, ao Vedanta. ​ Contato: patrickvlammeren@gmail.com Vitor Arieira Harres Vitor é professor de Vedanta, Sânscrito, Meditação, Mantras e Cantos da tradição védica. Estudou com sua professora e tia, Gloria Arieira, no Centro de Estudos Vidya Mandir e viveu na Índia durante cinco anos, entre 2007 e 2012, em estudos intensivos com seu professor Pujya Swami Dayananda Saraswati nos Ashrams do instituto Arsha Vidya Gurukulam. ​ Contato: contatos@vidyamandir.org.br Vidya Mandir Retornar

  • Fotos Lançamento de livro 2017

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Galeria de Fotos 2017- Vidya Mandir Festividades, Puja, Viagens, etc. O Vidya Mandir comemora as datas festivas do calendário hindu com satsanga e puja. Todas as primeiras terças-feiras do mês (favor conferir na página “programação”) e nas sextas-feiras, há puja e satsanga para Sarasvati que é a dona do Vidya Mandir e outros devas e devis que estão em nosso altar. As fotos tiradas nestas ocasiões e em outras comemorações marcam os eventos e são divulgadas em nosso site de forma a vincular o Vidya Mandir-RJ com nossos membros em outras partes do Brasil e do mundo. Lançamento do Livro O Yoga que Conduz à Plenitude 17. outubro 2017 Puja - Satsanga - Gloria Arieira 05. setembro 2017 Dia de Ganesa 15. agosto 2017 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 DiaGanesa_20170815_0038 (Large) Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 Dia Ganesa 15.08.2018 A Essência da Gita- Caps.X e XI- Palas Athena SP - Gloria Arieira 12. agosto 2017 SaoPaulo_20170812_0054 (Large) SaoPaulo_20170812_0037 (Large) SaoPaulo_20170812_0055 (Large) SaoPaulo_20170812_0045 (Large) SaoPaulo_20170812_0038 (Large) SaoPaulo_20170812_0025 (Large) SaoPaulo_20170812_0028 (Large) SaoPaulo_20170812_0027 (Large) SaoPaulo_20170812_0024 (Large) Gurupurnima - Gloria Arieira 04. julho 2017 Gurupurnima - 04.07.2018 Gurupurnima - 04.07.2018 1/1 Fotos Retornar Perguntas, comentários, referências e-mail:contatos@vidyamandir.org.br

Ver todos
bottom of page