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Aprendendo com a experiência alheia


O mundo merece conhecer Deepak Ramola. Ele é um jovem indiano de Dehradun, a capital do estado de Uttarkhand, que fica na região chamada Garhwal, aos pés dos Himalayas.


Uttarkhand é um estado dividido em duas áreas – Garhwal e Kumaon, que eram dois reinos há muitos anos. Garh significa uma fortaleza e essa região possui de fato muitos fortes. Fazem parte dessa região os templos Kedarnath, Badrinath, Gangotri e Yamunotri. Na área denominada de Kumaon, que dizem ser um nome derivado de Kurma-avatar (a encarnação de Vishnu na forma de tartaruga), estão outras cidades menos conhecidas, mas igualmente belas e incrustadas nos Himalayas; a mais conhecida é Almora.


Dehradun tornou-se um local mais conhecido hoje, pois muitas pessoas agora vão de Delhi para Rishikesh de avião através do aeroporto de Dehradun; de lá pegam um taxi e em 40 minutos estão em Rishikesh.


A cidade de Dehradun é banhada pelo rio Ganges ao leste e pelo rio Yamuna ao oeste, e é conhecida por seu delicioso arroz basmati.


Deepak Ramola nasceu em Dehradun em 18 de novembro de 1993. Desde bem pequeno perguntava para as pessoas que vinha a conhecer “qual é sua lição de vida?” e juntava as respostas das pessoas para posterior reflexão. Buscava entender o aprendizado de uma pessoa como um aprendizado possível para a humanidade.


Com apenas 17 anos, Deepak fundou o Projeto FUEL (Foward the Undestanding of Every Life – Fazer seguir o entendimento de todas as vidas). O lema de seu projeto é – “Pessoas que estão muito distantes umas das outras e nunca se encontraram podem se relacionar e se ajudar a dar continuidade às suas vidas meramente através de lições de vida”.


Deepak realiza workshops sobre competências para a vida (Life skill workshops) usando várias de suas habilidades, como o teatro, contação de história, escrita criativa, poesia e outras técnicas. Ele contabilizou mais de 50.000 lições de vida e ajudou mais de 60.000 pessoas de idades e classes sociais diferentes através de seus workshops em toda a Índia e outras partes do mundo. Ele acredita que, quando se descobre as similaridades na condição humana, as pessoas conseguem rir juntas quase que instantaneamente.


Ele já juntou, e continua a juntar, lições de vida de todo o mundo, a seguir ele as transforma em exercícios interativos e programados para alguma execução artística para que se possa experienciar lições de vida de outras pessoas de forma prática.


Como um exercício, ele propõe que se escreva uma carta para si mesmo como se você fosse outra pessoa a falar com você mesmo e, no processo, desenrole sua mente. Ao fazer isso, a pessoa pode reconhecer e tomar posse de sua própria história e aprendizados.


Fazer a pergunta sobre o que aprendi na vida é uma oportunidade de grande reflexão. Podemos nos perguntar: qual a grande lição que a vida me trouxe? Ou será que foram muitas lições? Será que consegui aprender de fato, ou ainda estou no processo de fortalecer o aprendizado? O que a vida me ensinou? Com certeza vários foram os conhecimentos adquiridos durante a vida, mas as lições nascem muitas vezes de erros cometidos. Quando reconhecemos os erros e até falamos sobre eles, nos libertamos deles e podemos ajudar outros a enfrentarem erros semelhantes. Nesse momento, eu e minha história tornam-se fontes de inspiração para outras pessoas.


Entender a essência do aprendizado de outra pessoa nos permite usar o mesmo ensinamento em nossa vida. A ferramenta para aprender com o aprendizado de outra pessoa é a arte: o teatro, a poesia, a escrita criativa, a atuação artística.


Quando escuto o que outro ser humano aprendeu na vida, adquiro esperança de eu também conseguir ultrapassar dificuldades semelhantes e me esforço para ir além dos obstáculos da vida. Posso entender que também meus obstáculos podem ser oportunidades para que eu possa crescer além deles. O medo ou receio dos obstáculos podem se transformar em força para ultrapassá-los.


Deepak Ramola não só coleciona lições de vida, mas as transforma em exercícios de reflexão e inspiração para que a vida de outros possa ser mais fácil de ser vivida, pois, afinal, somos todos humanos e, como diz Sri Krshna na Bhagavadgita 3.11 – Parasparam bhavayantah shreyah param avapsyatha.


Nutrindo uns aos outros, que você alcance o mais alto bem – a liberação final.


Om tat sat.

Gloria Arieira



YouTube: Deepak Ramola ou Project FUEL

Instagram: @deepakramola








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