top of page

79 itens encontrados para ""

  • LIVROS | Vidya Mandir

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Minakshi Promoção da Filosofia Védica LTDA Na Minakshi, você pode encontrar livros do mestre Swami Dayananda, traduzidos para o português, da professora Gloria Arieira e de colaboradores e parceiros, todos sobre vedanta e a tradição védica. ​ O objetivo da minakshi é preservar e manter viva a tradição e cultura védicas em todas as suas formas de expressão e contribuir, através do ensino e divulgação de vedanta e sânscrito, para que todos os que buscam o autoconhecimento tenham meios para alcançar seu objetivo. ​ Focados no ensino de vedanta e sânscrito na língua portuguesa, os textos antigos em sânscrito são traduzidos e explicados em português, seguindo o método tradicional do estudo de advaita vedanta. Acesse e conheça!

  • Vidya Mandir Centro de Estudos de Vedanta e Sânscrito | Home | Rio de Janeiro

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais VIDYA MANDIR O Centro de Estudos Vidya Mandir foi fundado em Junho de 1984. É uma instituição sem fins lucrativos que visa preservar a cultura e o conhecimento dos antigos Vedas e está focada no ensino de Vedanta e Sânscrito na língua portuguesa. São estudados os textos antigos em Sânscrito, traduzidos e explicados em português, seguindo o método tradicional do estudo de Advaita Vedanta. Além das aulas regulares, são oferecidos cursos extras nos finais de semana e sábados intensivos, além de atividades culturais ligadas à Índia, berço e abrigo do conhecimento de Vedanta. Saiba mais O QUE É VEDANTA? ​ ​ Vedanta é uma tradição de conhecimento. Conhecimento de quê? Temos ouvido explicações do tipo: "de um caminho para a verdade", "conhecimento do ser", ou "conhecimento da Verdade". Aceitamos todas, porém, o mais acertado será obter da própria tradição o significado do Vedanta. "Jiva Brahma Aikyam " é a essência do ensinamento, o que significa a identidade entre o indivíduo, aquele que busca, e o todo, que é Ilimitado. O ensinamento de Vedanta é um desdobramento claro e profundo dessa verdade essencial e única. Gloria Arieira Saiba mais SÂNSCRITO O Sânscrito é a língua na qual se encontram escritos os textos de Vedanta. Pertence à grande família de línguas indo-européia, como o grego e o latim, de onde derivaram a maior parte das línguas ocidentais modernas. Possui uma estrutura bastante elaborada como indica seu próprio nome (sams - bem; krtam - feita) e baseia-se num sistema de derivação no qual as palavras são formadas a partir de um conjunto de cerca de 2.200 elementos básicos, chamados raízes, seguindo regras muito bem estabelecidas. Saiba mais DESTAQUES Podcast Vidya Mandir Ramayana contado pela profª Gloria Arieira Depois de anos sob a privação da vida na selva, Sita encanta-se por uma linda gazela dourada e pede ao marido, o guerreiro Rama, que a traga de presente. O que eles não sabem é que o animal é uma isca: enquanto Rama tenta capturá-lo, o rei dos demônios, Ravana, pretende raptar Sita e torná-la sua esposa. Primeiro episódio disponível! Acesse aqui ... SPOTIFY SOUND CLOUD Semana de Vedanta 2024 16 a 21 de setembro O Yogi e a Visão de Ishvara Professores: Gloria Arieira; Miguel Homem; Vitor Arieira Harres; Henrique Castro; Fernanda Aboim. Veja mais ... Organização: Gloria Arieira. Participação e Colaboração: Equipe Vidya Mandir. Vrata 2023 | 2024 Encerramento de 2023 Encenação Renuka Devi / Mari Amman: A Guardiã da Terra Assista aqui! Ouça o mantra na voz da Profª Gloria Arieira Clique na imagem para baixar o arquivo com o mantra (.pdf) Vrata 2022 | 2023 (Encerrada) Doações Saiba mais Em homenagem a Mestra ... Por Patrick van Lammer en ... No último Gurupūrṇimā - dia do Mestre, 13 de julho, compus um śloka em homenagem à nossa querida professora Gloriaji. O verso é uma reverência à sua capacidade de devoção, disciplina, conhecimento e clareza, além de sua incrível capacidade de ensino, acolh imento de seus alunos e comprometimento com a tradição védica. É verdadeiramente uma bênção tê-la como professora. ​ À Śrī Gomatī (Gloriaji), todos os meus namaskārams. Hari Om! Patrick van Lammeren .pdf para download Śrī Gomatī Por Jonas Masetti ... Em 2013, ao final de seus estudos no ashram de Coimbatore com Sri Swami Dayananda, Jonas Masetti compõe Viśuddhavedanta-aṣṭakam em gratidão a Sarasvati e à sua professora no Brasil. Viśuddha-vedānta-aṣṭakam Composto por Jonas Masetti ​ śrījaganmātaraṃ devīṃ sthitadhīpadmakāsanām । hṛdayasāgarātītāṃ gomatiṃ praṇato'smyaham ॥1॥ 1. Eu permaneço saudando devī, a mãe (causa) do universo (jagat), a fonte dos Vedas (Gomati), (esse também é o nome da professora Gloria Arieira). Eu a saúdo, ela cujo coração ultrapassa os oceanos (hṛdaya-sāgara-atītām), [não só em compaixão como seu professor, mas porque ela atravessou os oceanos para nos trazer esse conhecimento], ela cujo conhecimento é firme como a s ua postura de lótus (sthita-dhī-padmaka-āsanām). [ Ela é conhecida dentre os alunos por sentar em lótus por horas imóvel enquanto ensina]. ​ pūjā vyākāraṇaṃ mantrā dvaivarṣā mitrabhāṣaṇam । vedāntaśravaṇaṃ nityaṃ japamityupavāsanam ॥2॥ 2. [E sobre o que consiste esse caminho de ensinamento?] Pūjā, sânscrito (vyākaraṇaṃ) e mantras, que estão todos interligados, cada um leva dois anos para se familiarizar (dvaivarṣāḥ). [Então, é bom saber que] as discussões (mananaṃ) que ocorrem com nossos colegas (mitra-bhāṣaṇaṃ) são parte importante do processo de estudo ... Para continuar lendo e baixar o arquivo .pdf, clique aqui! .pdf para download Saudações à Gomati Por Fernanda Aboim ... Saudações à gloriosa Gomati om sadācāryāyai namaḥ om saudações à excelente preceptora espiritual ​ om śrīgomatyai namaḥ om saudações à gloriosa Gomati (Gloriaji) ​ śiṣyān prati kṣamāpūrṇe Ó aquela que é plena de acolhimento em relação aos discípulos, ​ mokṣadātri vidyāsthite doadora de libertação e firmemente estabelecida no conhecimento. om sadācāryāyai namaḥ om saudações à excelente preceptora espiritual ​ om śrīgomatyai namaḥ om saudações à gloriosa Gomati (Gloriaji) ​ vyaktadṛṣṭi śuddhabuddhi De visão clara e intelecto puro, ​ saccidānandanityasāgari oceano eterno de sat (Existência) - cit (Consciência) - ānanda (Bem-aventurança). ​ om sadācāryāyai namaḥ om saudações à excelente preceptora espiritual Por Gloria Ari eira ... Em 1978, no final dos meus estudos na Índia, com meu mestre Sri Swami Dayanandaji, recebi desse um nome indiano — Gomati; e ele mesmo explica o significado do nome: a pessoa que tem a mente de acordo com os Vedas. Go significa Vedas; mati significa a mente. ​ Hari Om! Gloria Arieira Prêmio Padma Shri 2 020 Agosto de 2022 ​ Hoje, 15/08/2022, em que homenageamos o mestre Swami Dayananda, nossa mestra e professora Gloria Arieira recebeu do Governo da Índia, através da Embaixada da Índia no Rio de Janeiro, o prêmio Padma Shri por louvável contribuição no campo da Literatura e Educação. O prêmio foi entregue em uma cerimônia de comemoração aos 75 anos de independência da Índia, realizada no Píer Mauá, com o hasteamento da Bandeira Indiana. O prêmio foi anunciado em 2020, porém sua entrega foi adiada em virtude da pandemia. ​ Leia a carta escrita pela profª Gloria em agradecimento ao prêmio ... As escrituras dos Vedas no Brasil Sweet Blog: nectarine divine literature 30 de setembro de 2010 Gloria Arieira, uma brasileira e uma autoridade em sânscrito, traduziu o Bhagawad Gita e partes dos Vedas para o português, permitindo que seus alunos em todo o Brasil e Portugal acessassem as profundezas dessa grande filosofia. Então, se você está em busca de espiritualidade no balneário de Copacabana, no Rio, você a encontrará na Vidya Mandir, uma escola de estudos da Vedanta fundada e administrada por Gloria. ​ ​ Saiba mais ... ENSINO A DISTÂNCIA Conheça nossos cursos Online! Clique no link abaixo e faça seu cadastro na nossa Plataforma. Acesse a Plataforma EAD AULAS REGULARES Vedanta, Meditação, Sânscrito e Tradição Védica. Conheça os cursos e horários disponíveis. Saiba mais PODCASTS Acompanhe a história do Mahabharata contada semanalmente pela professora Gloria. Mahābhārata Vivencie uma meditação dentro da tradição védica com a professora Gloria ouvindo nosso podcast de meditação semanalmente. Meditação BLOG Swami Sadatmananda Saraswati 641 8 curtidas. Post não marcado como curtido 8 Dipavali 496 9 curtidas. Post não marcado como curtido 9 Sri Krshna 1.265 36 curtidas. Post não marcado como curtido 36 RITUAIS à distância . Pu jas . R ituais de fogo (Homa ou Homam) . Ri tuais a partir de mapa astrológico O Pandit Ravi, que tem vindo ao Brasil e feito muitos rituais, oferece agora a possibilidade de fazer rituais à distância para quem quiser. Tenha a experiência de um ritual diretamente de um Pandit do sul da Índia. Saiba mais

  • Vidya Mandir | Estudos Online

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Vedanta, Meditação, Sânscrito e Tradição Védica OS TRADICIONAIS CURSOS E ATIVIDADES DO VIDYA MANDIR AGORA DISPONÍVEIS A DISTÂNCIA Cursos regulares Aulas semanais, com a professora Gloria Arieira, com acesso ao vivo + reprise através da plataforma de cursos à distância do Vidya Mandir. Cursos completos Facilitamos seus estudos a distância, de acordo com o seu tempo disponível, através do acesso aos cursos completos realizados pela professora Gloria. Interatividade Ao participar de um curso você poderá enviar suas perguntas que serão respondidas pela professora Gloria. Assista uma de nossas aulas Aula de abertura do curso Bhagavad Gita 2020, realizada em 08/01. Sobre a sequência de textos para o estudo de vedānta ... O estudo de vedanta pode ser feito no contexto de um retiro residencial, num ashram, com a duração de 2 ou 3 anos com aulas presenciais diárias ou na forma de um estudo continuado conjugado com a vida da pessoa. No primeiro caso, o ritmo de estudo fica totalmente dependente do professor. No segundo caso, o aluno tem mais liberdade e também mais responsabilidade no delinear desse ritmo. O programa e sequência de estudo do Vidya Mandir visa servir a segunda opção, criando uma estrutura para que cada aluno possa fazer um estudo continuado, adaptado à sua vida que, pode ser complementado com o canto, o sânscrito, a meditação, festividades, puja e tudo mais, dependendo do interesse e disponibilidade do aluno. O Vidya Mandir cria as circunstâncias para um estudo sistemático e profundo. O grau de imersão depende do aluno. ​ Esta sequência dos textos de Vedanta a serem estudados tem base nos cursos programados por Sri Swami Dayananda. Sequência: 1. Tattvabodhah 2. Upadesha-saram 3. Valores da Bhagavadgita cap. 13 4. Textos secundários como: Pancadashi, Sadhana-pancakam, Advaita-makarandah, Atmabodhah, Vivekacudamani, Vedanta-saram, Yogasutras à luz de Vedanta 5. Bhagavadgita 6. Kena Upanishad 7. Mundaka Upanishad 8. Katha Upanishad 9. Mandukya Upanishad 10. Outras Upanishads 11. Taittiriya Upanishad com o comentário de Sri Shankara 12. Brahmasutras ​ Esta sequência mencionada não é rigorosa, é uma orientação para o estudo de Vedanta, conforme seguimos no Vidya Mandir. ​ Aqui, você encontra todos os nossos cursos disponíveis na Plataforma EAD. Clique sobre um deles e obtenha mais detalhes. Tenha um ótimo estudo !!! Video Cursos em vídeo Bhagavadgita 2020 - em andamento Capítulo 1 ............................... 6 aulas Capítulo 2 ............................. 21 aulas Capítulo 3 ............................. 14 aulas Capítulo 4 ............................. 15 aulas Capítulo 5 ............................. 10 aulas Capítulo 6 ............................. 14 aulas Capítulo 7 ............................. 11 aulas Capítulo 8 ............................... 8 aulas Curso completo .................... 119 aulas 2015 a 2018 Upanishads Brhadaranyaka Upanisad ........ 4 aulas Ganapati Upanisad ................ 10 aulas Isha Upanishad ....................... 6 aulas Kaivalya Upanisad .................. 6 aulas Katha Upanishad . ................. 19 aulas Kena Upanishad ..................... 5 aulas Mandukya Upanisad . .............. 5 aulas Taittiriya Upanishad ............... 19 aulas Taittiriya Upanishad Bhashyam ............................... 102 aulas Textos Auxiliares Atmabodhah ........................ 20 aulas Advaita Makarandah ............. 11 aulas Bhaja Govindam ..................... 5 aulas Dakshinamurti Stotram ............9 aulas Manisapancakam .................... 4 aulas Hastamalakyam . ..................... 8 aulas Os quatro Mahavakyas ............ 4 aulas O valor dos Valores .................... 9 aulas Nirvana Satkam . ..................... 9 aulas Panchikaranam .................... 19 aulas Pancadasi ............................... 7 aulas Os Yoga Sutras de Patañjali ... 37 aulas Sadhanapancakam ..................... 4 aulas Sadhanabodhini . .................... 5 aulas Saddarshanam ..................... 17 aulas Prarthana Satpadi . .................. 5 aulas Srigurustotram ....................... 6 aulas Upadesa Saram ...................... 5 aulas Tattvabodhaḥ ........................ ... 12 aulas Vivekacudamani ................... 36 aulas Palestras A maturidade espiritual e Emocional ..................................... 5 aulas O Desejo, a renuncia e o Dharma ...................................... 2 aulas A mente à luz de vedanta ........... 2 aulas Meditações Meditação à luz de vedanta ....... 3 aulas Aulas de Sânscrito Para Amar o Sânscrito .............. 10 aulas Note Cursos em áudio Bhagavadgita 2020 - em andamento Capítulo 1 ............................... 6 aulas Capítulo 2 ............................. 21 aulas Capítulo 3 ............................. 14 aulas Capítulo 4 ............................. 15 aulas Capítulo 5 ............................. 10 aulas Capítulo 6 ............................. 14 aulas Capítulo 7 ............................. 11 aulas Capítulo 8 ............................... 8 aulas Curso completo .................... 119 aulas 2015 a 2018 Upanishads Brhadaranyaka Upanisad ........ 4 aulas Ganapati Upanisad ................ 10 aulas Isha Upanishad ....................... 6 aulas Kaivalya Upanisad .................. 6 aulas Katha Upanishad . ................. 19 aulas Kena Upanishad ..................... 5 aulas Mandukya Upanisad . .............. 5 aulas Taittiriya Upanishad ............... 19 aulas Mundaka Upanishad ............... 18 aulas Textos Auxiliares Atmabodhah ........................ 20 aulas Advaita Makarandah ............. 11 aulas Bhaja Govindam ..................... 5 aulas Dakshinamurti Stotram ............9 aulas Manisapancakam .................... 4 aulas Hastamalakyam . ..................... 8 aulas Os quatro Mahavakyas ............ 4 aulas O valor dos Valores .................... 9 aulas Nirvana Satkam . ..................... 9 aulas Panchikaranam .................... 19 aulas Pancadasi ............................... 7 aulas Os Yoga Sutras de Patañjali ... 37 aulas Sadhanapancakam ..................... 4 aulas Sadhanabodhini . .................... 5 aulas Saddarshanam ..................... 17 aulas Prarthana Satpadi . .................. 5 aulas Srigurustotram ....................... 6 aulas Upadesa Saram ...................... 5 aulas Tattvabodhaḥ ........................ ... 12 aulas Vivekacudamani ................... 36 aulas Aparoksanubhuti .................... 5 aulas Narada Bakti Sutram ............. 14 aulas Purnamadah purnamidam ....... 1 aula Vedanta Saram ..................... 26 aulas Palestras A maturidade espiritual e Emocional ..................................... 5 aulas O Desejo, a renuncia e o Dharma ...................................... 2 aulas A mente à luz de vedanta ........... 2 aulas Introdução ao vedanta ................. 1 aula A visão védica de Deus ................ 2 aulas O Método de Ensinamento de Vedanta ......................................... 5 aulas Meditações Intensivo de Meditação ............... 2 aulas Cantos Aditya Hrdaya Stotram ................. 1 aula Cânticos e Versos ......................... 2 aulas Orações Milenares ........................ 1 aula Conheça a Plataforma EAD

  • Vidya Mandir | Editorial Janeiro 2017

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Editorial 2017 - Janeiro Gloria Arieira Passou ontem e temos agora o hoje. Mas que piada, pois quando o ontem existiu ele era hoje. Até o amanhã quando existir será hoje. A vida é uma série de hoje e nada mais. O momento presente que parece tão difícil de se viver! Estamos constantemente referenciando o que já passou ou o que ainda vai passar. Como o novo ano que entra, mas apesar de tanta preocupação, projeto e esperança, será o mesmo hoje que conhecemos a cada dia. Passou ontem e temos agora o hoje. Mas que piada, pois quando o ontem existiu ele era hoje. Até o amanhã quando existir será hoje. A vida é uma série de hoje e nada mais. O momento presente que parece tão difícil de se viver! Estamos constantemente referenciando o que já passou ou o que ainda vai passar. Como o novo ano que entra, mas apesar de tanta preocupação, projeto e esperança, será o mesmo hoje que conhecemos a cada dia. E cada dia é único, nunca o imaginado por nós, mas sempre cheio de surpresas e aprendizados. Ao nosso lado somente um nos acompanha, como acompanhou Yudhisthira até o fim de sua vida – o dharma, como um cão fiel e constante, conforme é contado na estória do Mahabharata. O dharma na forma de meus mais profundos valores, que são somente os que valorizo e compreendo a importância; não o dos outros que me querem influenciar. O dharma na forma do que devo fazer, do que me é exigido contribuir pela própria vida, pois tenho dons, talentos, capacidades para isso. Eu e meu cão fiel, o dharma, seguimos juntos toda a jornada do dia, do ano, da vida. E quando o inesperado aparece, sou eu e meu cão, o dharma, que resolvemos o que fazer. Nesta virada do ano, honro meu cão fiel e só quero que ele ao meu lado esteja, que eu com forte presença possa alimentá-lo, e que possamos andar juntos sempre. Eu e meu dharma, a fazer cada dia significativo e completo, merecedor de comemoração. Viva 2017! Pois podemos considera-lo um início, quando todos os dias são inícios, e podemos refletir sobre as emoções, os desejos e a forma para realizar o que queremos; ao menos tentar três vezes. Que estejamos juntos no estudo de Vedanta, na vida de Yoga! Harih om, Gloria Editorial 2017 - Março - Abril Gloria Arieira ​ Setuun tara. Setuun dustaraan tara. Atravesse as pontes. Atravesse as pontes difíceis de serem atravessadas. Assim ensina o Sama Veda. São muitas as pontes que temos a atravessar na vida. Ao atravessar, vamos de um lado ao outro, de um lado para seu oposto. Algumas pontes são mais difíceis pois os hábitos são enraizados, os apegos são fortes. A ponte mais importante é da mentira para a verdade, do falso para o verdadeiro. E, dizem os rshis, que para fazer isso temos que ter a ajuda do compromisso com a verdade -- satyena anrtam tara. Atravesse o falso com a verdade. Essa é a principal ponte, pois nos finca no caminho da verdade. Mas existem outras, como akrodhena krodham tara. Devemos ir além da raiva, uma reação tão comum quando as coisas não são do jeito que queríamos, que sonhamos. Como podemos ir além dela? Diz a tradição, confirmado por Sri Krshna e o mestre Patanjali -- um dos segredos para lidar com qualquer dificuldade na mente é pratipaksha-bhavana. Devemos opor o que queremos mudar, com a atitude contrária. E é exatamente isso que dizem os mestres do Sama Veda: akrodhena krodham tara. Atravesse a raiva com a ausência da raiva. Se temos dificuldade para doar, para fazer uma doação apropriada para uma boa causa, se temos apego demais, temos que exercitar doando, descobrindo o prazer por doar. Daanena adaanam tara. Atravesse a não doação com a doação, doando. E se não conseguirmos confiar em alguém que merece nossa confiança pois não conseguimos aceitar suas dificuldades, sua humanidade, o jeito é tentar confiar, entendendo que ninguém é perfeito. Shraddhayaa ashraddhaam tara. Atravesse a falta de confiança com a confiança. Sem compromisso com a verdade nos apegamos ao falso, nos acostumamos com a palavra que significa pouco, achamos que o que nos for conveniente no momento será defendido por nós. Em nossa vida, por fim, o que for a verdade terá que prevalecer porque é a verdade. A verdade vence. Seja laukika-satyam, uma verdade no mundo relativo; ou vaidika-satyam, a verdade revelada nos Vedas, a verdade absoluta. As outras tantas pontes serão escolhidas e atravessadas por cada um de nós. O samsara é comparado ao vasto oceano, e para atravessa-lo a ponte terá que ser grande e solida. Essa ponte é feita de conhecimento. Que a ignorância de si mesmo possa ser atravessada com o conhecimento, e o samsara, a vida de altos e baixos, seja atravessado ao ser reconhecido como não real pois é a experiência da vida que de fato não limita quem sou, pois o que sou é sempre livre, apesar das experiências múltiplas e, por que não dizer, divertidas, de um eu que não é de fato quem sou. Atravesse as pontes e descubra você mesmo. Om tat sat Gloria Arieira Na vida, mais do que entendimento do Eu, Atman, que é Brahman, é preciso entender Ishvara e trazê-lo para nossa vida. Trazê-lo deliberadamente pois fato é que tudo que existe é ele, como também as leis universais que fazem o cosmos funcionar tão perfeitamente, em ordem. Para trazê-lo para minha vida, tenho que entendê-lo, e ao fazer isso, ele naturalmente fará parte de mim e de tudo ao meu redor. ​ Sofro sempre que não consigo acolher o que acontece comigo. Acolher significa receber como o que me cabe, apesar de estar habilitada para, a seguir, tentar mudar se achar necessário. Em oposição ao acolher, temos o rejeitar, não aceitar e ainda me sentir injustiçada; embarreirar o que vem para mim e para isso se faz necessário endurecer o corpo e a mente. Mas quando acolho, relaxo o corpo, disponibilizo minha mente. A vida de Yoga consiste em entender sobre o jiva, o indivíduo, e Ishvara, o Todo. Mas, o truque da vida de Yoga é abrir o coração para receber o que vem e, só a seguir, lutar para mudar algo, se for necessário. Não é aceitar o que vem que me fará relaxar! Não é isso que é Yoga! É acolher o que vem, apreciando a ordem cósmica, e depois fazer o que for necessário, até mesmo para tentar mudar o que veio para mim. Acolher e agir é muito diferente de aceitar. Aceitar é uma passividade negativa que terá consequências indesejáveis, como inação e frustação passiva que conduzem a uma reação futura. Para acolher a ordem cósmica, Ishvara, tenho que entendê-la. Através do estudo, de contemplação, de cantos de mantras e bhajans, o yogi “chama” Ishvara para seu dia a dia. Um dos muitos cantos da Tradição dos Vedas é o canto dos 108 nomes, naama, de Ishvara. Como se fosse uma carta de amor, 108 vezes a pessoa diz para Ishvara nomes carinhosos sobre sua grandeza e o saúda com um namah. Como por exemplo: Om sarvaaya namah Om ishvaraaya namah Om sac-cid-aananda-vigrahaaya namah Ishvara é na verdade nirguna e aruupa, não possui qualidade nem forma, mas é ele que através do poder de fazer aparecer, maayaa, manifesta-se na forma do universo. Manifestar-se aqui significa que o universo não é separado de Ishvara. É ele mesmo que de modo impossível assume a forma do universo. Como podemos dizer que o barro se manifesta na forma do pote. Para trazermos Ishvara para nossa vida, temos necessidade de vê-lo como uma pessoa e por isso lhe damos uma forma. Como ele é todo o universo, todas as formas são dele e, então, qualquer forma o representará bem. Ao dar uma forma humana, personificá-lo, podemos nos relacionar mais facilmente com ele. A forma é simbólica. E lhe damos muitos nomes pois as formas são muitas. Uma das mais significativas é sat-cit-aananda-vigraha. Vigraha é uma imagem, uma forma, e sat-cit-aananda é aquilo que é livre de limitações, sempre existente e pura Consciência e, portanto, não pode ter forma, pois o ilimitado não pode ter uma forma, mas através de símbolos poderá ser representado. Como Dakshinamurti, que é Ishvara, e cuja forma inclui os cinco elementos, o Sol, a Lua, o feminino e masculino entre outros símbolos, de maneira a nos comunicar que ele não é uma pessoa, mas tudo o que existe. Depois ele é chamado de sarva, aquele que é o todo. E, por fim, damos a ele a forma especial que nos encanta, como Krshna, Rama, Ganesha, Mahadeva ou Devi. E através das estórias simbólicas vemos a humanidade em Ishvara, a dualidade que pertence ao universo. E com isso aceitamos nossa própria humanidade. A humanidade no divino nos ajuda a aceitar nosso aspecto humano. E podemos ver que há beleza na dualidade, nos opostos e suas características únicas. O yogi traz Ishvara para sua vida, o que o torna um bhakta, um devoto, e assim acolhe seu ahamkaara e sua vida complexa. Aprecia seu ahamkaara como parte de Ishvara e poderá entender que punya e paapa, dharma e adharma, o positivo e negativo na vida, estão em ordem, e são não separados do Atman, do Eu. Om tat sat Gloria Arieira Editorial 2017 - Maio - Junho Gloria Arieira Como estamos no mês de Gurupurnima, pensamos que seria interessante colocarmos o Editorial da professora Gloria Arieira de uma forma diferente. Achamos que todos gostariam de conhecer um pouco mais sobre nossa professora e, portanto, ao invés do Editorial na forma tradicional, vamos levar a você parte da entrevista que os alunos da professora Gloria fizeram com ela em 1984! A foto ao lado mostra a professora naquele ano. As perguntas são muito interessantes e as respostas muito esclarecedoras. Nos próximos números publicaremos o restante da entrevista, que saiu na revista Prama daquele ano. GLORIA ARIEIRA É ENTREVISTADA POR SEUS ALUNOS Após quatro anos e meio de estudo intensivo de Vedanta e sânscrito na Índia, onde teve contato profundo com a cultura védica, Gloria Arieira vem dedicando-se ao ensino, à realização de palestras e outros eventos na cidade do Rio de Janeiro, onde reside atualmente. - Como lhe ocorreu a idéia de vir a ensinar? Eu não tinha a intenção de ensinar. A minha idéia era ficar na Índia, ensinando talvez para algum grupo pequeno, e continuar a estudar Sânscrito.... Mas um dia me ocorreu que eu não havia nascido no Brasil à toa, existem pessoas que sabem português mas não sabem inglês e não tem condições de ir para a Índia. Eu tenho que ensinar a essas pessoas, de outra forma eu não teria nascido no Brasil! Eu me sinto bem na Índia, por que teria nascido no Brasil? Tem que haver uma razão. Eu achei que a razão era essa, eu tinha que ensinar aqui, era minha obrigação. - Eu gostaria que você fizesse um histórico. Antes de Vedanta, você naturalmente já tinha um questionamento. Como foi que você ouviu falar de Vedanta? Como você entrou em conttato e por que você foi parar lá na Índia? Eu entrei em contato com Vedanta quando tinha 19 anos. Nessa época eu achava que tinha todas as coisas que eu poderia imaginar e tinha todas as possibilidades nas mãos. Tinha viajado o suficiente, estava estudando o que eu queria. Mas também achava que nada disso me satisfazia. Não achava possível ter vindo para o mundo somente para me casar, ter filhos, netos e ir embora. “Tem que haver algo mais, pois isso não me satisfaz”, pensei. Existia em mim uma forte insatisfação que não conseguia eliminar. Voltei-me para várias coisas ao meu redor, asanas, pranayama, alimentação natural, passando até mesmo pelo existencialismo numa época, até achar que o que mais me respondia alguma coisa era o Zen Budismo, isto foi a última coisa. Estava então me organizando para ir para algum lugar, pensei na Patagônia, onde ficaria isolada, pensando e lendo, pois achava que em algum livro deveria encontrar a resposta. Foi então que encontrei Swami Chinmayananda, que veio fazer uma palestra de Vedanta aqui no Rio. Ele disse que veio por acaso. Estava indo fazer uma palestra na Argentina, teve que fazer um pouso aqui e as pessoas que o tinham conhecido na Índia organizaram uma palestra. Então, eu vi que aquele conhecimento respondia a certas perguntas minhas e vi também que não havia ninguém aqui para me ensinar. Decidi ir para a Índia. Quando eu cheguei lá, ele me disse: “Eu fui para o Brasil por sua causa, porque você estava preparada, no momento certo”. Hoje vejo que tudo que vivi e estudei foi para me levar ao momento de descobrir Vedanta, que responde realmente às perguntas. - Quando você chegou à Índia, como as coisas se sucederam? Quando cheguei à Índia, eu não imaginava que existia uma escola, que existia um curso, que existiam pessoas vindas de todas as partes do mundo estudando. Encontrei um curso de Vedanta de dois anos e meio. Quem estava ensinando era Swami Dayananda. O Swami Chinmayananda me encaminhou para o Swami Dayananda, que foi quem me ensinou, que foi meu mestre. - Você só ficou sabendo que era uma escola quando chegou? Eu só fiquei sabendo que era uma escola no momento em que me deparei com ela na minha frente. Eu pensei que fosse encontrar o Swami Chinmayananda sentado embaixo de uma árvore estudando. Lá faz muito calor, todas as pessoas estão estudando juntas, na hora de dormir, dormem debaixo da árvore, na hora de comer, comem qualquer coisa ao redor. Eu vou lá estudar com eles, qualquer coisa que for preciso eu faço também ... Mas quando cheguei, vi que era uma escola com 50 alunos de todas as partes do mundo estudando, e que eu “estava de trouxa” chegando por último. Editorial 2017 - Julho - Agosto Gloria Arieira Vedanta enfatiza o questionamento, vicara. Para questionar, a mente tem que estar livre, tanto quanto possível, dos preconceitos e de apegos emocionais a ideias. O fruto de questionar é um entendimento mais claro e o livrar-se de fato de pré-conceitos. Em outras palavras, em Vedanta o foco é conhecimento claro e desapego. O conhecimento mais significativo é o de si mesmo, mais do que o conhecimento de objetos do mundo. É o conhecimento do sujeito que se constitui conhecedor do mundo, jnata, agente de ação, karta, e experienciador de situações variadas, bhokta. Um fato inquestionável no mundo é a dualidade. O objetivo da vida de Yoga é de que no processo do viver, a mente se torne equilibrada em relação aos opostos e objetiva. Ela tem que apreciar os opostos e transitar bem entre eles. Ter equilíbrio na vida é acomodar os opostos pois são inevitáveis – frio e calor, agradável e desagradável, alegre e triste. Em ambos os estados, há sempre algum ganho e também alguma perda. Manter-se bem na presença de qualquer dos dois é o equilíbrio. Querer sempre um e rejeitar o outro demonstra incapacidade de entender o mundo como é. Apresentamos aqui duas palavras usadas no processo de estudo de Vedanta e também de Yoga. São elas: ahamkara e anahamkara. A primeira significa conceito de individualidade caracterizado por: “eu gosto”, “eu faço”, “eu quero”. Eu gosto de um objeto, quero adquiri-lo e depois eu quero mantê-lo, não tolero a ideia de perde-lo. É um termo muitas vezes traduzido como ego. O conceito de eu nasce na infância e se desenvolve ao longo de toda a vida. O conceito do que sou muda, mas a constituição de que sou um ser único com uma individualidade permanece. O conceito de eu, ahamkara, é fundamental para o viver e para proteger o corpo, a mente, o intelecto, a vida, com os quais a pessoa se identifica. Mas outra palavra é sempre enfatizada com relação ao autoconhecimento e esta é anahamkara. O prefixo an é uma negação e assim temos aqui a ausência do conceito de individualidade. E nessa ausência, o que estaria no lugar? Não é a ausência de ego, mas o entendimento de que a pessoa não é a única responsável por suas qualidades e conquistas na vida. O orgulho ou vaidade para com relação a essas é ridículo, sem sentido, pois nada que seja conquistado por alguém tem causa exclusiva em seu esforço ou virtude pessoal. Cada um tem que reconhecer que foi ajudado e inspirado por tantas pessoas no mundo. Como em um conhecimento adquirido por alguém – deve-se ao criador a capacidade de pensar; aos pais e familiares, o estímulo ao estudo; aos professores, o ensinamento paciente; à sociedade pela existência de escolas; e a tantas outras pessoas e instituições por razões diversas. Tanto quanto o orgulho é absurdo, a crítica a si mesmo também é, pois não se pode ser o único responsável por falhas ocorridas e limitações existentes. Ahahamkara é então a apreciação do mundo como ele é, como as pessoas são, sem orgulho ou crítica a si ou ao outro. Não estar sempre focado em si mesmo, seus dons e necessidades, é a ausência de ego. Porém, o ahamkara é necessário para a preservação de si mesmo. O anahamkara inclui o entendimento de que cada um de nós está inserido num todo, um universo que possui ordem e inteligência, e de que ninguém está só. Com o equilíbrio entre o ahamkara e anahamkara, a pessoa vive uma vida de Yoga, respeitando a pessoa que é e fazendo seu papel, ao mesmo tempo que aprecia Ishvara, a ordem cósmica inteligente que tudo governa. Até o momento em que consegue ver o ego como não real e o Atman como sua verdadeira natureza. Editorial 2017 - Setembro - Outubro Gloria Arieira ​ Kshanti ou acomodação é a característica principal do santo. A capacidade de aceitar livremente a outra pessoa sem querer que ela mude para satisfazer suas exigências ou valores pessoais. Saber diferenciar a pessoa de seu ato. O ato pode ser condenado, pode ser errado e, assim sendo, pode não ser aceito. Mas ainda assim podemos compreender a pessoa, a sua história de vida, seu passado, sua infância, que levaram a pessoa a agir da maneira como ela age. Podemos reconhecer que nós também, na situação daquela pessoa, agiríamos da mesma maneira. Ao mesmo tempo não podemos confundir a aceitação do outro com deixar que o outro ultrapasse seus limites e interfira em nossa vida, decida o que vamos fazer, nossas prioridades, nossos valores, escolhas. Não podemos deixar que aceitar signifique submeter-se! Temos a responsabilidade conosco de pensar o que é bom e justo para nós, expressar e defender esta escolha. Forçar uma pessoa a fazer escolhas, usando (ou melhor, abusando) ou não de poder, é uma violência. Igualmente, submeter-se a uma mudança de valores sem refletir, subjugando-se à força verbal, emocional ou física, ou em troca de favores, é uma violência permitida a si mesmo. Que nós possamos perceber neste novo ano a diferença entre entender e acomodar o outro e a violência de submeter-se ao outro, à sua opinião ou maneira de agir. O primeira relaciona-se à pessoa; o segundo, à maneira com que o outro age. Podemos compreender a pessoa, mas não temos que fazer o que a pessoa faz, tampouco concordar com ela. Temos a responsabilidade conosco, e com o mundo, de pensar, de usar nossa maior bênção que é a buddhi, a capacidade de discriminar e descartar o que não tem valor. Não podemos permitir que o outro decida por nós, o que será violência de ambas as partes, nossa mesma e do outro. E se a outra pessoa tem algum poder sobre nós (por idade ou outra hierarquia aceitável na sociedade) não podemos deixar que haja abuso do poder, onde uma pessoa, porque tem alguma posição de liderança sobre a outra (na família, no trabalho, por situação financeira, religiosa ou na sociedade em geral), inibe a outra e a submete, sob a ameaça de alguma perda. Um exemplo esteve em grande evidencia recentemente, em filmes e jornais – mulheres e seus chefes no ambiente de trabalho. Mas é muito comum em qualquer outro ambiente – na educação, em instituições religiosas, na política, na imposição das leis ... Que nós possamos refletir sobre a violência e trabalhar para que seja paralisada. Felicidades! Com carinho, Gloria Arieira Editorial 2017 - Novembro -Dezembro Gloria Arieira Editorial Retornar

  • Vidya Mandir | Versos e Mantras

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Versos e Mantras Mantra é a denominação dos versos ou frases dos Vedas; alguns mantras são curtos e usados para japa – a meditação com repetição de determinado mantra. ​ Antes das aulas, cantamos versos aos nossos mestres e às formas divinas que ocupam o altar na sala de aula. Cantamos também um mantra védico para a harmonia e o bom entendimento entre o professor e aluno/a. Muitos são os mantras e versos cantados no inicio das aulas, durante a Puja e em datas comemorativas que podem ser encontrados aqui. Apostilas de Cantos Básica Saṅkaṭa-nāśana-gaṇeśa-stotram Śrī-guru-stotra Śrī-śiva-pañcākṣara-stotram śānti-pāṭhaḥ Śrī-gaṅgā-stotram Śaṅkara Dīpāvali 108 nomes de Guru 108 nomes de Gaṇeśa Mahishaasura-mardini Versos básicos para as aulas de Vedanta .pdf para download Versos Iniciais Invocação aos Mestres Invocação para a Paz Mundial Bhagavadgita Prarthana Satpadi Orações em 6 partes Canções da Tradição Védica NOTA: A faixa 23 (Ganapati Mantra) e a faixa 24 (Bhadram Karnebhih) referem-se a versos védicos e devem ser aprendidos com um professor. Puja e Cânticos Retornar

  • Editorial Novembro 2016 | Vidya Mandir

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Editorial 2016 - Novembro e Dezembro Gloria Arieira O ano termina em breve, sempre nos parece ter passado rápido demais, são tantas coisas que aconteceram. Ao mesmo tempo, realizamos tanto este ano! Foram dias vividos devagar, um a um, e muito foi realizado quando se olha para trás. O Vidya Mandir realizou sua 12ª Semana de Vedanta num lugar lindo, o vale do Açú. Foram aulas, encontros, atividades, cantos, puja, meditação. Em especial, para mim, foram as duas mesas redondas. Foi uma oportunidade para se fazerem reunidos muitos de meus alunos, que são também alunos brasileiros do Swamiji, que hoje dão aula de Vedanta e/ou Sânscrito. Não estavam todos, mas muitos deles. Eu fiquei contente por eles terem aceito meu convite e minha proposta. E também que o João Mazza, meu aluno mais antigo, tenha concordado em mediar as duas mesas redondas; e o fez muito bem! Todos falaram com sinceridade. Estavam todos juntos naqueles dois dias, mas vivem vidas diferentes apesar de tão igual pelo amor e compromisso com Vedanta e uma vida de Yoga. Mostraram que os obstáculos aparecem, mas podem ser ultrapassados, pois o compromisso é mais forte. Como diz a Katha Upanishad 1.3.14 – Uttishthata jaagrata praapya varan nibodhata Kshurasya dhaaraa nishitaa duratyayaa durgam pathah tat kavayo vadanti. Levante-se. Acorde. Tendo alcançado os que são especiais devido ao conhecimento, aprenda. Os sábios falam que este caminho do conhecimento é difícil de ser trilhado, assim como o afiado fio da navalha. Este caminho de estudo e assimilação do conhecimento escutado, que exige uma vida de Yoga, de equilíbrio, samatvam, e capacidade de escolher bem suas ações, karmasu kaushalam, é como o fio da navalha. E somente a dedicação, a sinceridade e o empenho apesar dos obstáculos levam ao resultado final – moksha. Fico feliz por todos que hoje se dedicam ao Vedanta através da língua portuguesa, alguns dos quais estavam na Semana de Vedanta 2016 em setembro, outros estão pelo Brasil e em Portugal; tenho certeza que serão um sucesso na vida. Jaya Jagadishvara! ​ Harih om, Gloria Arieira Editorial Retornar

  • Vidya Mandir | Festividades

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Festivais Hindus Durante o ano, vários dias são dedicados a atividades devocionais. É uma oportunidade, no decorrer de nossa vida tão ocupada, de nos lembrarmos de nosso relacionamento fundamental com o Senhor, que é a Causa do Universo e ao mesmo tempo a Ordem que o mantém em tão perfeito funcionamento – a Ordem Cósmica e Suas leis infalíveis: leis da gravidade, da conservação da energia, da atração e repulsão, do equilíbrio dos corpos celestes no espaço, leis que governam a natureza física, leis do calor e frio, do funcionamento de nosso corpo, leis psicológicas. Enfim, todo o Universo se mantém através de leis que não falham e sobre as quais não temos poder, somente capacidade para descobri-las, entendê-las. ​ Somos abençoados com este belo Universo e nem sempre estamos conscientes disto e muito menos sentimos a Gratidão devida por este presente. Mesmo às vezes reclamando muito, jamais nos vemos preparados para irmos embora daqui. Os dias festivos, dedicados ao Senhor em cada uma de Suas formas, são oportunidades para esta reflexão e Gratidão, além de favoráveis para, descobrindo o devoto em nós, tornar mais evidente nossa relação de indivíduo com o Todo.​ Conheça as festividades e suas datas de comemoração na Índia e no Vidya Mandir. Podem ocorrer algumas diferenças entre as datas aqui mencionadas e as comemorações realizadas na Índia, dependendo do local: Sul da Índia, Norte da Índia ou o Ocidente. Os dias dos festivais hindus são determinados não pelo dia do mês, mas pela posição da Lua e outros corpos celestes, por isso pode mudar dependendo do lugar - seja na Ásia ou Europa ou Américas, seja no hemisfério norte ou sul, ou outros fatores. As diferenças são geralmente de um dia somente. ​ Ekādaśī Vrata Por Patrick van Lammeren Ekādaśī é o 11º dia de cada quinzena no calendário lunissolar hindu. Há, portanto, dois dias de Ekādaśī por mês, um na fase clara e outro na fase escura da Lua. Eles são considerados especiais para os devotos de Viṣṇu, e a realização de disciplinas nestes dias ao longo de um ano é considerado um compromisso auspicioso. ​ Leia mais... Makara Sankranti (Pongal) ​ Dia 15 de janeiro Dia de Ano Novo em algumas partes da India. Está ligado ao dia da colheita, à entrada da primavera na India. Makara é o nome do signo de Capricórnio, neste dia, na astrologia hindu, o sol entra no signo de Capricórnio. Mahaśivarātri ​ Dia 08 de março ​ ​ É o dia dedicado ao Senhor Śiva, dia especial para os yogis, tapasvins (ascetas) e todos aqueles que buscam o autoconhecimento. Neste dia, os devotos passam o dia em jejum, cantando o mantram do Senhor Śiva desde o nascer até o pôr do sol. Esta festa cai no 14º dia da quinzena da lua minguante entre os meses de fevereiro e março. Em alguns ashrams, os cantos e o jejum vão até meia-noite, quando há uma pūjā e depois os devotos quebram o jejum comendo prasādam, aquilo que é oferecido nesta pūjā. ​ Leia mais... Rāma Navamī ​ Dia 17 de abril ​ ​ O nascimento de Rāma, a encarnação do dharma, da justiça, do correto, cai no 9º dia da quinzena da lua crescente entre os meses de março e abril. Neste dia, além de pūjā, lemos passagens do Rāmāyana, lembrando o ensinamento dos ideais que Rāma representa. ​ Leia mais... Hanuman Jayanti ​ Dia 23 de abril ​ Nesta festividade celebramos o nascimento de Hanuman, o devoto de Rama, herói do Ramayana. Hanuman, o Deus macaco, é o símbolo da força e energia. É capaz de assumir qualquer forma, mover montanhas e voar. ​ Leia ma is... Śankara Jayantī ​ Dia 12 de maio Śankara é o maior mestre de Vedanta, ele nos ofereceu seus comentários claros e profundos das Upaniṣads, Bhagavadgītā, Brahma-Sutra, além de muitos textos originais que demonstram sua clareza de visão do Absoluto e sua profunda devoção ao Senhor. Seu nascimento é comemorado no 5º dia da lua crescente entre os meses maio e junho. Narasimha Jayantī ​ Dia 21 de maio Neste dia, acredita-se que apareceu Narasimha, um avatara de Vishnu. Gurupūrnimā ​ Dia 21 de julho É comemorado no dia da lua cheia entre os meses de julho e agosto. Este é um dia muito auspicioso, dedicado à memória de Bhagavan Śrī Veda Vyasa, que compilou os Vedas, escreveu os 18 Purānas, o Mahabharatam e Śrīmad Bhagavatam. Também, neste dia, cada um reverencia o seu mestre com Gratidão. Kṛṣṇa Janmāstamī ​ Dia 26 de agosto ​ ​ É o dia no qual se comemora o nascimento de Śrī Kṛṣṇa, o mestre de Arjuna na Bhagavadgītā. Cai no 8º dia da quinzena da lua minguante entre os meses de agosto e setembro. São dois dias de muita festa, alegria e muitos doces de leite. Passagens da vida de Kṛṣṇa são retratadas em teatro-dança para o deleite dos devotos. Gaṇeśa Caturthi ​ Dia 07 de setembro A festa do Senhor Gaṇeśa é chamada Gaṇeśa Caturthi, sempre no 4º dia da lua crescente, entre o final de agosto e início de setembro. O Senhor Gaṇeśa ou Gaṇapati é sempre invocado primeiro em qualquer pūjā, pois ele é o eliminador dos obstáculos e a personificação da Sabedoria. Em sua festa, além da pūjā, com a repetição de seus 108 nomes, oferecendo-lhe uma flor a cada nome, são oferecidos muitos doces variados e saborosos, que são depois distribuídos como prasādam, um presente que vem para nos abençoar. Pitṛpakṣa ​ De 17 a 30 de setembro O período entre as luas cheia e nova do mês hindu de Bhādrapada é considerado a Quinzena dos Antepassados - Pitṛpakṣa. Na Índia, rituais são realizados para relembrar e saudar os antepassados, sendo um bom período para fazer orações que os honrem e levem paz a eles. De fato, não estaríamos vivos se não fossem aqueles que vieram antes de nós, e por isso devemos gratidão a eles. Ao abraçar e honrar a nossa ancestralidade ganhamos força, assim como um tronco saudável conduz os nutrientes das raízes até as folhas de uma árvore. Navarātri De 03 a 11 de outubro O festival de Navarātri (nava = nove, rātri = noites) dura nove dias e é dedicado às deidades femininas – Durgā, Lakṣmī e Sarasvatī. Ocorre no início do inverno no hemisfério norte, na quinzena da lua crescente no final de setembro e início de outubro. Uma pūjā especial é feita a cada forma de Śakti, o poder divino. São dedicados 3 dias a cada Devī. Primeiro, invocamos Durgā e pedimos que ela elimine as dificuldades que existem em nossa mente, depois pedimos a Mahālakṣmī que traga a riqueza na forma de qualificações para nós e, por fim, invocamos Sarasvatī e pedimos meios para adquirirmos conhecimento. A Deusa Sarasvatī é adorada no 9º dia e no seu altar são colocados livros, instrumentos musicais e de trabalho. Até mesmo os ônibus, carros e máquinas caseiras são decorados e reverenciados neste dia. Nava é 9 e ratri é noite. Neste dia começa o festival anual das devis que dura 9 dias inteiros. Durga ​ Durga, ou as oito formas de Durga, é a homenageada do festival de Navarātri . Todos os dias são em homenagem a ela, nas suas diferentes formas. A devi é chamada de Durga, pois é difícil de ser alcançada, entendida. Durga é também Sarasvati, Mahalakshmi e também Kali. Mahalakshmi ​ Mahalakshmi é especialmente homenageada em Dipavali. Ela é uma das três devis, portanto está incluída também nos 10 dias do festival de Navarātri . Mahalakshmi recebe nossos oferecimentos variados e abençoa com riquezas diferentes, tais como prosperidade, boa mente e intelecto, bons filhos, boa companheira ou companheiro de vida, confortos vários e outros. Sarasvati ​ Dia 11 de outubro No nono dia do Navarātri, chamado dāsara ou vijayadaśamī, Sarasvatī é dedicado a Sarasvati. Há uma cerimônia especial chamada Vidyārambha, quando as crianças pequenas iniciam sua alfabetização. Este dia é considerado auspicioso para o início de qualquer empreendimento. Sarasvatī Puja. Vijaya Dashami Dia 12 de outubro Este é o décimo dia, o dia seguinte ao festival das devis. Comemora-se a vitória (vijaya) das devis, em especial na forma de Durga que destrói Mahishasura, que simboliza a ignorância e os valores egoistas. Também neste dia comemora-se a vitória de Rama sobre Ravana. Dipāvali ​ Dia 01 de novembro A homenageada em Dipavali, a Festa das Luzes, é Mahalaksmi, a Deusa da riqueza, dos vários recursos que temos e desejamos. Neste dia são colocadas nas janelas das casas muitas lamparinas acesas, formando uma “fila de lâmpadas” (= dipavali). A luz sempre simboliza o conhecimento, chamamos a atenção de Mahalaksmi para que venha àquela casa e abençoe com sua presença na forma de todo tipo de riqueza. Este festival é especial para os comerciantes e homens de negócio que finalizam seu ano contábil e iniciam um novo nesta data, depois da puja a Mahalaksmi (Mahalakshmi Puja), onde os livros contábeis são oferecidos no altar. Gītā Jayantī ​ Dia 11 de dezembro ​ ​ Comemoramos neste 11º dia da quinzena da lua crescente (chamado de mokṣadā-ekādaśī), entre os meses dezembro e janeiro, o dia em que nasceu a Bhagavadgītā, ou seja, quando Śrī Kṛṣṇa ensinou a Arjuna, no campo de batalha, e Sanjaya narra este diálogo ao Rei Dhṛtaraṣtra. O completo ensinamento de Yoga e Brahmavidyā torna-se assim, disponível a nós. Satsanga de Final de Ano Dia 07 de dezembro - 17h / sábado No final do ano o Vidya Mandir faz uma festa com satsanga, puja e atividades especiais. ​ Nessa ocasião agradecemos tudo que foi conquistado a cada ano, relembrado nossa atividades e realizações. Falamos também sobre nossos projetos para o ano seguinte. ​ Todos estão convidados! Puja e Cânticos Retornar

  • Vidya Mandir | Sânscrito à distância

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Curso de Sânscrito à distância Prof. Paula Ornelas O curso à distância de Sânscrito para Iniciantes é composto de duas partes: as aulas gravadas, que são disponibilizadas para o aluno através da internet ( link do Vimeo ), e encontros regulares com a professora via Zoom para resolução de dúvidas e um acompanhamento individual do desenvolvimento do aluno. Afinal, nada substitui o “olho no olho” no processo de aprendizagem, mesmo que através da tela do computador. Esse formato de curso é ideal para quem tem restrições de horário e não consegue se encaixar em uma das turmas regulares ou prefere um ritmo de estudo mais personalizado. As aulas gravadas ficarão à disposição do aluno durante um tempo limitado, mas poderão ser acessadas no dia e hora que melhor convier ao aluno dentro deste tempo. Os encontros para acompanhamento pessoal serão marcados individualmente em horário conveniente para aluno e professora e terão duração em torno de meia hora. Não há, no entanto, um limite de tempo para a conclusão do curso, o ritmo deve ser ditado pelo aluno e encontros pessoais extras podem ser agendados com a professora. O objetivo do curso é alfabetizar utilizando o alfabeto devanagari e, gradualmente, introduzir o conhecimento de conjugação de verbos, declinação de palavras e junções fonéticas (os chamados sandhis,). Assim, será criada uma base de conhecimento necessária para que o aluno se familiarize com os textos sânscritos das várias tradições indianas e com o canto védico. Material didático: Será utilizado como material didático a apostila desenvolvida pela professora que deve ser adquirida a R$40,00 mais custo de envio via correio. Quando necessário, arquivos PDF de tabelas e exercícios serão enviadas por e-mail para o aluno imprimir. Pagamento: A cada duas vídeo-aulas e um encontro por Zoom, o aluno deve fazer o pagamento de R$165,00 via depósito bancário na conta da professora. Após a efetuação desse depósito os links das próximas aulas serão mandados por e-mail. ​ ​ ​ Os interessados devem entrar em contato com a professora Paula Ornelas pelo e-mail paulahornelas@gmail.com Aulas Regulares Retornar

  • Vidya Mandir | Editorial Janeiro 2009

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Sarasvati Editorial 2009 - Janeiro Gloria Arieira Que Sarada (sara = a ignorância; da = aquela que destrói; Sarada é Aquela que destrói a ignorância), que é Sarasvati, esteja sempre conosco (o professor e o aluno). Que Ela que está sempre em sat, a verdade, que tem a face agradável e bela como o lótus no outono, esteja sempre em nossas faces de lótus, i.e., a nossa fala e nosso intelecto. Na visão dos Vedas todo o universo é a manifestação de Brahman que é Consciência; isto significa que o universo é uma superimposição ou superposição em Brahman. Existe somente uma realidade, ekam sat, que é vista de várias maneiras com diferentes formas e nomes, e assim o indivíduo pode se relacionar com ela. A variedade refere-se aos diferentes aspectos da manifestação da realidade, Ishvara. Se entendemos Ishvara, entendemos nossa identidade com Ele e portanto nossa natureza livre de limitação. Se não entendemos Ishvara e nossa conexão com Ele, criamos o samsara, fazemos da manifestação do universo uma vida de limitação e aprisionamento, que é o samsara. Para conhecer a realidade que é Ishvara temos que reconhecer que o universo não é separado dele e ao nos relacionarmos com o universo estamos nos relacionando com Ishvara. Ao mesmo tempo, a dualidade na forma do indivíduo, de Ishvara e do universo, é mera aparência. Para nos ajudar a compreender esse mistério da realidade única imutável que é ao mesmo tempo a causa do universo e o próprio universo, pedimos ajuda a Ishvara na forma de Sarasvati através deste verso-oração acima: que Ela nos ajude a entender a realidade e permanecer na verdade em ações, pensamentos e palavras. Para adquirir o conhecimento de Vedanta que é a revelação da natureza do sujeito livre de qualquer limitação, é necessário possuir a mente focada no autoconhecimento e na liberação. Porém, a mente é mutável, agitada, com muitos gostos e aversões e seus padrões já adquiridos nas experiências dos prazeres dos sentidos e nas descrições de tantos outros prazeres ainda por serem experienciados. Desenvolvemos apego a alguns objetos, aversões a outros; assim somos invadidos por ambos e cresce a agitação da mente. Os gostos e aversões impregnam a mente e iludem o intelecto; assuntos que não têm relevância tornam-se importantes. A mente se ocupa com o passado e o futuro que só têm realidade oferecida pela própria mente de cada um. A projeção do futuro e a memória do passado, junto com as emoções reativas como o medo, a raiva, a mágoa e a culpa, ocupam a mente e assim o conhecimento do Atman não tem espaço. Lidar com as dificuldades da mente, tais como a agitação e a ausência de concentração, é o chamado processo de purificação da mente, sattva-shuddhi nas Upanishads. A mente precisa estar sutil, sattva, para poder ir além de seus aprisionamentos e perceber o Atman além da dualidade. Livre de vasanas, os padrões mentais relacionados aos gostos e aversões, a mente consegue focar no Atman e entender a identidade do eu com Ishvara, conforme o ensinamento dos shastras, os textos que revelam e desdobram esse conhecimento. O preparo para usufruir o conhecimento de Vedanta depende da bênção de Sarasvati, por isso começamos 2009 com uma oração a Ela. Om tat sat Editorial 2009-Maio Gloria Arieira Na tradição dos Vedas existem rituais chamados samskaaras. Estes ocorrem em momentos importantes de crescimento, transformação ou maturidade no decorrer da vida de uma pessoa. Estes momentos são ritualizados com símbolos e significados que ajudam a promover o crescimento, desde o nascimento até a morte, no ritual final de cremação. Samskaara significa purificação, cerimônias através das quais a pessoa é purificada para enfrentar uma nova etapa da sua vida. Purificação no sentido de tornar algo ou alguém capacitado para alguma coisa. Através de um ritual objetiva-se agregar novas qualificações à pessoa para que possa enfrentar esta nova etapa de vida. Além de associar a pessoa a um grupo ou comunidade ao qual ela passa a pertencer e se identificar. Sua vida ganha significado dentro de uma ordem maior que é o objetivo universal da vida humana. Através do ritual, corpo e mente passam por um processo de transformação relacionado a etapas da vida humana, com relação ao questionamento e entendimento dos objetivos da vida e à identificação com outros, oferecendo uma dimensão transcendental à sua vida. O ritual ajuda, então, no crescimento emocional da pessoa e sua plena expressão. Os samskaaras são muitos e variados dentro da tradição védica, mas podem ser divididos em aqueles relacionados ao nascimento, à infância, à educação, ao casamento e ao ritual funerário, portanto cinco classificações. Os samskaaras estão relacionados às quatro etapas da vida ou aashramas; a etapa de estudante, de casado, de aposentado e de renunciante. Lembrando que o objetivo da vida na tradição védica é alcançar a maturidade emocional e espiritual para desejar, buscar e alcançar a felicidade plena através do autoconhecimento, o conhecimento da natureza eterna e livre de limitação do indivíduo e de Deus. Entre todos os samskaaras, o mais importante e comum na vida de uma pessoa é o vivaaha ou casamento. Como em qualquer etapa nova na vida de alguém, é necessário que a pessoa tenha apoio e compreensão dos outros ao seu redor, tenha um início harmônico, na presença de pessoas queridas que estão ali para desejar felicidade e sucesso, e como que impingir êxito à nova e desconhecida etapa da vida. Esta é a relevância de um ritual de passagem, de purificação ou samskaara, em especial do ritual de casamento. Uma vez que de todos os samskaaras, vivaaha, o casamento é considerado o mais importante, pois espera-se que todas as pessoas se casem e vivam uma vida de casado. A convivência estreita e diária entre o casal é também vista como uma oportunidade para uma vida de karmayoga onde a pessoa está consciente de suas ações e reações de forma a aprender a ser o mais objetivo e deliberado possível. Em termos dos Vedas, é a presença da esposa, patni, que qualifica o marido, pati, a realizar rituais védicos de fogo e a fazer doações. O casamento é assim uma união não somente física mas de valor espiritual e religiosos, além de uma grande oportunidade para a maturidade emocional do indivíduo. Depois da primeira infância e da etapa de estudante, onde a criança e o jovem estão protegidos pelos pais e mais velhos e buscam adquirir qualificações, atenções e ganhos para si mesmos, através do casamento, a união entre duas pessoas diferentes, cada um terá a oportunidade e incentivo para desenvolver autosacrifício e atenção ao bem-estar do outro. A cerimônia de casamento é um evento social festivo que une duas pessoas e suas famílias para a continuidade e fortalecimento de ambas as famílias na geração de filhos. Como é um novo e importante momento na vida de um casal, e requer maturidade de ambas as partes, as famílias e amigos se unem para desejar e invocar felicidade e sucesso aos noivos. Socialmente é uma grande ocasião para festa. Para a celebração do casamento, a casa da noiva, do noivo e o lugar onde será a cerimônia são decorados. A noiva é purificada com água dos rios sagrados, embelezada com roupas novas, jóias várias e henna nas mãos e pés e para cada um desses momentos há uma pequena ritualística. Os parentes vêm de longe, convivem alegremente e o ar fica festivo, alegre. Esses pequenos rituais são simbólicos, como a água purificadora, e a cerimônia de casamento é repleta de símbolos, além de mantras védicos que dão a conotação religiosa à união do casal. Na cerimônia de casamento há a união das mãos direitas dos noivos, o tocar os corações, a noiva subir numa pedra com a ajuda do noivo, as roupas de ambos amarradas uma a outra, o colar amarrado no pescoço da noiva pelo noivo, os primeiros passos significativos dados juntos, como um casal, tendo o fogo como testemunha. Vários símbolos são usados na tradição védica, Sanatana Dharma, para invocar a auspiciosidade e também para eliminar mau-olhado e inveja, como o sinal vermelho na testa da noiva, o banho ritualístico com mantras antes da cerimônia. Com esses objetivos pede-se aos convidados que abençoem e desejem o bem aos noivos. Antes da cerimônia ter início, o pai da noiva faz a maior doação de sua vida, doa sua filha ao rapaz que será seu marido e a protegerá e estará doravante a seu lado. Apesar de haver diferenças na cerimônia de casamento nas várias regiões e grupos sociais da Índia, basicamente são iguais e com os mesmo versos védicos. No final, pede-se à noiva que olhe para o sol e/ou para a estrela Arundhati (a estrela polar) que faz parte da constelação Saptarshi, para que o casal seja tão firme e constante quanto a estrela. Fazia parte da cerimônia o casal dormir na mesma cama abstendo-se da relação sexual por três noites consecutivas após o casamento, aprendendo que a vida sexual não é o mais importante no casamento, mas a maturidade a ser alcançada por ambos, a capacidade de um ocupar-se do outro e de seus desejos e necessidades, e para isso o autosacrifício é importante. Hoje em dia isso não acontece, mas as festividades do casamento duram pelo menos três dias e os noivos só vão juntos para casa, apesar de já estarem legalmente casados, no final de todas as cerimônias. Antigamente, o fogo que foi aceso e reverenciado no casamento é levado para a casa dos noivos que o mantém aceso ritualisticamente até o fim de sua vida de casados (até que um dos dois morra). O casamento nos Vedas não tem um objetivo em si mesmo, mas a aquisição da liberação, o objetivo maior da vida humana; além, naturalmente, de dar continuidade à família, tendo filhos. É por isso que a vida do casal é uma vida de yoga para antahkarana-shuddhi, a maturidade, e por fim moksha, a libertação final. Om tat sat Editorial Retornar

  • Vidya Mandir Centro de Estudos de Vedanta e Sânscrito | Vidya Mandir

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Centro de Estudos Vidya Mandir O Centro de Estudos Vidya Mandir foi fundado em Junho de 1984. É uma instituição sem fins lucrativos que visa preservar a cultura e o conhecimento dos antigos Vedas e está focada no ensino de Vedanta e Sânscrito na língua portuguesa. Em sua sede, em Copacabana no Rio de Janeiro, são ministrados cursos regulares de Vedanta e Sânscrito em vários horários, à tarde e à noite. As aulas têm uma hora de duração e são seguidas de meditação. Vidya Mandir significa Templo de Conhecimento. Em pleno bairro agitado do Rio de Janeiro, no final de Copacabana, perto da praia, está nosso Templo de Conhecimento, com sua linda e moderna estrutura. Um verdadeiro oásis! As aulas são dadas em português e o conhecimento lá preservado e ensinado segue a mesma metodologia dos antigos sábios nos ashrams dos Himalayas. São estudados os textos antigos em Sânscrito, traduzidos e explicados em português, seguindo o método tradicional do estudo de Advaita Vedanta. Além das aulas regulares, são oferecidos cursos extras nos finais de semana e sábados intensivos, além de atividades culturais ligadas à Índia, berço e abrigo do conhecimento de Vedanta. Venha nos conhecer, marque uma visita ao nosso Centro de Estudos em Copacabana, no Rio de Janeiro, a equipe do Vidya Mandir terá o prazer em lhe receber. Mestres Professores Swamiji Editorial Localização Vidya Mandir Rua Miguel Lemos, 44 - 902 Copacabana - Rio de Janeiro - Brasil Tels: (21)2287.2774 - (21)9880.3256 Home Retornar

  • Vidya Mandir | Pandit Ravi

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Pandit Ravi ​ . Pujas . Rituais de fogo (Homa ou Homam) . Rituais a partir de mapa astrológico A primeira vez que Ravi veio ao Brasil, para um ritual, para os 14 anos de existência do Vidya Mandir, em janeiro de 1998, foi junto com Sri Swami Dayananda. Geralmente a Puja tem uma duração mais curta do que o Homam que demora no mínimo duas horas. Se for feito o mapa astrológico da pessoa e depois o ritual para atenuar alguma dificuldade vista no mapa astrológico, será necessário maior tempo de dedicação. ​ Os possíveis rituais são: . Ganapati Homam - Para eliminar obstáculos na vida da pessoa. . Mrityumjaya homam com Ayush homam - Para a boa saúde e longa vida saudável; elimina assuntos indesejáveis de saúde. . Sri Vidya Puja com Homam - Para a facilidade na aquisição de conhecimento. . Navagraha shanti homam - Para eliminar problemas que apareçam na vida. . Vastu homam - Para a paz em cada, na família, na diversas relações como irmãos etc. . Aikyamatya suktam e samvada suktam - Para bom relacionamento entre casais, irmãos e irmãs, pais e filhos. Produz manas-shanti, paz mental e tranquilidade. . Sudarshana homam - Para proteção pessoal, elimina inimizades na vida da pessoa, problemas na família, problemas na justiça, inveja, obstáculos em geral. Um ritual específico após a análise do horóscopo da pessoa; para a paz e tranquilidade na vida da pessoa de acordo com as dificuldades vistas no mapa astrológico. ​ Dakshina é o que é oferecido para a pessoa que faz o ritual para nós. A pessoa deve ter conhecimento do ritual e de como fazê-lo adequadamente e principalmente ter atitude adequada e devoção — shraddha e bhakti. O que é oferecido, dakshina, deve ser apropriado e faz parte do ritual. Quando o ritual é feito em nossa presença, a dakshina deve ser colocada em um envelope, em cima de um prato com uma fruta e uma pequena flor. Esse prato é oferecido, com as duas mãos a segurar o prato, ao Pandit com humildade dizendo: por favor, aceite. Quando o ritual não acontece na nossa frente, mas através do Zoom ou outra plataforma, a dakshina deve ser oferecida através do Paypal. O PayPal do Pandit Ravi é: priestravi@yahoo.com ​ Sugerimos a dakshina, como segue: Para simples Puja - 101 dólares Para Homam - 201 dólares Para Sudarshana Homam - 251 dólares Para rituais com análise de mapa astrológico - 301 dólares. Home Retornar

  • Vidya Mandir | Puja e Satsangas

    HOME VIDYA MANDIR AULAS REGULARES ESTUDOS ONLINE PUJA E CANTOS DOAR BLOG Contato Perguntas Frequentes Mais Pūjā e Satsanga Puja é um ato de devoção. Uma ação que inclui toda a pessoa; seu corpo físico, sua voz, sua mente na apreciação da existência de um Todo e sua forma cósmica que mantém a Ordem no universo. Nesta ação de devoção nasce a expressão de Gratidão e Reconhecimento da presença deste Todo, o Criador. ​ Sri Sankara, grande mestre de Advaita Vedanta, compôs alguns versos nos conduzindo na realização de uma Puja mental. Nesta puja todos os utensílios, oferecimentos e a imagem do Senhor, em sua forma masculina ou feminina, deva ou devi, são imaginados na mente do devoto. Exige maior concentração do que o ato físico. Mas como é um ato, apesar de somente mental, é deliberado e significativo. Além disso, o devoto pode imaginar o que quiser, na grandeza e beleza que desejar, e fortalecer sua relação, como indivíduo, para com o Todo. Pūjā e Satsanga 2024 Toda primeira terça-feira de cada mês e toda semana, as sextas-feiras, realizamos Pūjā online, através do aplicativo Zoom e do canal de YouTube . Pūjā e Satsanga Mensal Online ​ Toda primeira terça-feira de cada mês. Horário: 19h ​ 16 de janeiro 06 de fevereiro 05 de março 02 de abril 07 de maio 04 de junho 02 de julho 06 de agosto 03 de setembro 01 de outubro 05 de novembro 07 de dezembro (sábado / Satsanga de fim de ano) Apostila Puja e Satsanga Pūjā Semanal Presencial e online ​ Toda sexta-feira Horário: 19h30 ​ Apostila Puja Semanal Como participar: As transmissões são realizadas através do aplicativo Zoom e do canal de Youtube do Vidya Mandir. ​ ​ Pedimos que todos mantenham seus microfones desligados que poderá ser aberto no encerramento. Quem não conseguir acessar o Zoom, poderá assistir através do canal de YouTube. Os links de acesso serão divulgados através do nosso Instagram: @vidya.mandir ​ Participe! ​ Venha tornar seu dia especial! Assista as orientações do Professor Henrique Castro para realizar uma Puja em casa. Puja e Cânticos Retornar

bottom of page